“É triste estarmos nas mãos de quem não tem a menor ideia do que é governar”, diz Rosamaria Murtinho

Publicado em 29/12/2017 18:16
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No ar a partir de 9 de janeiro como a rainha Crisélia, em Deus Salve o Rei, a atriz Rosamaria Murtinho afirma que a política atual a deixa triste. Diferentemente de sua personagem na nova trama das 19h da Globo, que comanda o reino de Montemor com sabedoria, a veterana diz que os governantes atuais são irresponsáveis.

“O Brasil está nas mãos de gente que não tem a menor ideia do que é governar um país. Os diretores estatais são todos amigos dos amigos do presidente, do vice, etc. É uma troca de favores. É muito triste isso. Por isso estamos passando por essa fase.”

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Ela também cita o caso da Operação Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil que descobriu a existência de um grande esquema de corrupção na Petrobras: “É incrível que a Petrobras, que foi nosso maior orgulho, tenha chegado a tanto. É preciso colocar quem entende para ser diretor de estatal. Não dá pra botar amigo, companheiro, nem militante. É preciso ter responsabilidade. Aquilo é nosso”.

Na trama de Daniel Adjafre com direção artística de Fabrício Mamberti, a personagem de Murtinho morre logo nos primeiros capítulos. A respeitada e justa rainha Crisélia, que está no trono há décadas, é cometida por uma grave doença. Ela começa a perder a memória e sofre de frequentes alucinações. Ama igualmente os dois netos, Afonso (Romulo Estrela) e Rodolfo (Johnny Massaro), mas sabe que Afonso é merecedor do trono não apenas pelo fato de ser o primogênito, mas também pela conduta sempre austera e dedicada ao bem maior do reino. Criou os netos desde pequenos, após sua filha e seu genro terem falecido.

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Deus Salve o Rei se passará na época medieval, na região fictícia de Cália. Além do reino de Montemor, regido por Crisélia, haverá também o de Artena, cujo rei é Augusto (Marco Nanini). Todos vivem em paz há muito tempo, até que algumas escolhas de seus monarcas e suas consequências interferem diretamente no curso da trama.

“História é uma coisa que sempre me fascinou. É algo maravilhoso”, comemora Murtinho.

“A história do Brasil, por exemplo, é incrível. Dom João XVI foi uma pessoa maravilhosa. O negócio dele não era só comer frango. Quem é que contou essa história? Ele trouxe a biblioteca para cá, abriu os portos, fez a primeira faculdade de Medicina na Bahia. Foi um rei maravilhoso. Mas a história precisa ser contada de verdade. Nossa história é bonita. Ele estava fugindo do Napoleão, podia ter trazido joias e coisas maravilhosas, mas trouxe livros. É claro que depois houve os aproveitadores que faziam os santinhos de pau oco”, acrescenta.

Por: Cris Veronez

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