Afiliada da Globo rompe silêncio após escândalo de assédio sexual

Após chocar os telespectadores com um escândalo de assédio sexual por parte de um dos jornalistas, a emissora Inter TV finalmente voltou as redes sociais. Na ocasião, o jornalista Alexandre Kapiche foi acusado de tentar beijar uma colega de trabalho à força e depois mais vítimas teriam aparecido. Agora, após exatos 17 dias sem realizar qualquer postagem no Instagram, a afiliada da Rede Globo no interior do Rio de Janeiro voltou a publicar notícias e a divulgar conteúdos que serão exibidos no canal.

Uma das últimas publicações até então feitas pela Inter TV foi postada no último dia 26 de abril, onde o jornalista João Pedro Barrocas aparecia aos pés do Cristo Redentor, situado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na ocasião, o repórter da afiliada da Globo fazia a cobertura de uma ação promovida pelo ponto turístico sobre acidentes no trabalho. Depois de quase três semanas em silêncio, o perfil do canal voltou à normalidade no último dia 13 de maio, desejando um feliz aniversário à cidade de Arraial do Cabo.

Como pontuado anteriormente, o silêncio da Inter TV teve início depois que o âncora Alexandre Kapiche foi demitido da emissora após uma denúncia de assédio sexual contra uma das colegas de trabalho. Na ocasião, o diretor Rolf Danziger confirmou o desligamento do jornalista por meio de uma nota, mas informou que a afiliada da Globo não comentaria sobre os problemas internos do canal. Após isso, a polícia Civil de Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, começou a investigar o caso.

Depois que o caso veio à tona, outras vítimas tiveram a coragem de denunciar os supostos assédios e elas se juntaram para escrever uma carta aberta. A mensagem foi divulgada pelo jornalista Vyni Soares e as palavras do texto é a junção de relatos de quatro mulheres diferentes. “O jornalista Alexandre Kapiche constrangeu, humilhou, atacou e por diversas vezes assediou inúmeras profissionais que passaram pela Inter TV. […] Muitas passaram, poucas continuaram, basta observar a alta rotatividade de mulheres na redação”, escreveram elas.

Em um outro momento do texto, as vítimas também acusaram Rolf Danziger de ser conivente com os abusos do âncora do canal. “Kapiche dava ‘beijos molhados’, esbarrando com suas mãos em partes íntimas e sempre buscava abraçar ou encostar em colegas de trabalho, essas quando reagiam negativamente a suas investidas, eram maltratadas e tinham sua capacidade profissional diminuída por Kapiche, sempre com apoio de Rolf”, contaram. As autoras finalizaram afirmando que tinham o vídeo de um dos abusos.

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