Ex-chefe da Globo vira réu após assediar aspirante a sister do ‘BBB’

Wladimir Santos e Souza, o ex-chefe de produção da Globo, que atuava no Big Brother Brasil, virou réu acusado pelo crime de importunação sexual. A notificação chegou em dezembro do ano passado, por um oficial de Justiça, no Rio de Janeiro, onde reside. Com a intimação, a ação penal começou a tramitar na última semana, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). A acusação foi feita por uma candidata à vaga nas seletivas do BBB.

Segundo informações do SBT News, na época, a candidata Aline Vargas, de 35 anos, procurou a Polícia Civil, em Belo Horizonte, em maio de 2021 e declarou ter sido vítima de assédio, na pré-seleção do BBB 22. O crime teria ocorrido em contatos diretos feitos por ela com então produtor do programa. Wladimir Santos, que era conhecido como Wlad, na emissora carioca vai ser ouvido no processo. Em um documento da defesa, ele negou as acusações e as classificou como uma “ficção”.

No processo, a candidata do BBB ressalta que Wlad pediu fotos e sugeriu relação entre eles, ela recusou as propostas. Após recusar, ele teria negado a participação de Aline no programa, quando ela se recusou a enviar as imagens nuas e ter dito que era casada. “Você é casada não é um perfil que agrada” escreveu, no primeiro contato no direct do Instagram e depois pelo WhatsApp.

Ainda, segundo informações, no dia 26 de setembro, o ex-chefe de produção da Globo foi colocado no banco dos réus pelo crime de importunação sexual – crime mais grave que o assédio sexual, tipificação inicialmente registrada no inquérito da polícia. O réu foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de Minas em agosto de 2023. Se condenado, Wlad pode ter pena de até oito anos de prisão.

Candidata a vaga em duas edições do reality show Big Brother Brasil, Aline afirmou que o ex-chefe da Globo tentou obter imagens nuas dela, em conversas por aplicativos de celular. A vítima estudava odontologia e buscou a Polícia Civil, em maio de 2021, após o contato com o acusado. Em documentos objetos com exclusividade pelo portal, consta na ação dois pen drives, que Aline entregou à polícia e foram periciados, o termo de declaração da vítima, entre outros elementos. “O inquérito teve início há quase dois anos e segue aguardando a oitiva do investigado, oitiva essa, desnecessária, inclusive, diante de todos os documentos juntados”, protestou a defesa, em pedido de 11 de abril de 2023 – similar ao apresentado em 2022.

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