Saiba 8 erros no preparo do churrasco que causam intoxicação alimentar

Problemas no preparo, manipulação ou armazenamento da carne podem fazer o churrasco terminar no hospital

Publicado em 23/05/2024 14:56
Por Em Off
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Já ouviu a expressão: “tudo acaba em pizza”? No Brasil, tudo acaba em churrasco. A realidade é que qualquer brasileiro ama reunir familiares ou amigos em torno da churrasqueira. Embora o número de vegetarianos esteja crescendo, a carne ainda é a protagonista nesse tipo de preparo.

De acordo com um levantamento conduzido pela plataforma Cupom Valido em colaboração com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o terceiro país que mais consome carne no mundo. Porém, erros na preparação da carne estão entre os principais riscos de intoxicação alimentar durante o churrasco de domingo.

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“A carne é um alimento extremamente sensível. Ela é rica em sangue, proteína e água, o que a torna atraente para insetos e propícia para a proliferação de bactérias caso não sejam tomados os devidos cuidados na manipulação e armazenamento”, explica a nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO e mestre pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

Anualmente, cerca de 600 milhões de pessoas sofrem de intoxicação alimentar devido a contaminação por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas, e 420 mil delas acabam perdendo a vida. Os sintomas variam, mas frequentemente incluem dor abdominal, diarreia, vômitos ou náuseas, febre, dor de cabeça e perda de apetite. Em casos mais graves, pode ocorrer desidratação, presença de sangue na urina, fraqueza e até óbito.

Apesar de não haver dados específicos sobre essa ocorrência no Brasil, Primi ressalta que o problema é comum. “Existe muita contaminação em relação aos alimentos. No entanto, os serviços de saúde frequentemente não notificam, já que muitas vezes os sintomas são interpretados como uma simples virose em vez de intoxicação alimentar”, aponta.

O erro mais facilmente evitável em termos de segurança alimentar que as pessoas cometem é usar a mesma tábua, recipiente ou utensílio que foi usado para a carne crua para cortar ou manipular a carne já cozida ou para levá-la à mesa. Além disso, existem outros sete cuidados essenciais que às vezes são negligenciados quando os anfitriões precisam equilibrar a tarefa de cozinhar e entreter os convidados simultaneamente:

Conforme mencionado, a carne é um alimento extremamente perecível. Qualquer erro de manipulação ou armazenamento pode promover o crescimento de bactérias prejudiciais à saúde. Deixar a carne muito tempo fora da geladeira é um deles.

Inclusive, deixar a carne e outros acompanhamentos do churrasco, como farofa e maionese, descobertos, é outro erro que contribui para o aumento do risco de intoxicação alimentar. “Alimentos descobertos são atrativo para insetos como moscas e formigas, que carregam bactérias”, alerta Primi.

Deixar a grelha suja após o churrasco pode ser um chamariz para bactérias e bichos. Além disso, há oxidação da gordura, o que deixa aquele sabor rançoso. O melhor momento para limpar a grelha é logo após o churrasco, pois o aquecimento facilita a remoção da gordura e fazer isso garante que o próximo churrasco não estará contaminado devido a resquícios anteriores.

As mãos são uma das mais importantes vias de contaminação, por isso, é fundamental lavá-las bem antes e durante o churrasco. “O ideal é lavar a mão com água e sabão cada vez que muda o tipo de alimento. Por exemplo, lavar a mão após fatiar a carne e antes de começar a fazer a maionese”, orienta a nutricionista.

Aliás, o famoso pano de prato no ombro, marca registrada de muitos churrasqueiros no Brasil, é outra fonte de contaminação. Primi explica que as bactérias se desenvolvem onde tem água, comida e luz. O pano de prato acaba sendo uma colônia para a proliferação de bactérias.

“Se a pessoa lavar a mão com água e sabão e usar o pano de prato só para secar a mão, por exemplo, não teria problema nenhum. Mas sabemos que aquele pano que fica pendurado no ombro é usado para várias coisas, desde enxugar a mão após tocar um alimento úmido, até secar o suor da testa ou limpar o suco da carne que pingou na borda do prato”, conclui.

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