Rosana Hermann critica Boninho, BBB e comenta reencontro de Xuxa com Marlene Mattos

Eu tô tremendo Elon Musk! A coluna bateu um papo com a roteirista, jornalista e tuiteira Rosana Hermann. A autora dos livros “Um Passarinho Me Contou”, “Sorvete no Pote de Feijão” e “Celular Doce Lar” falou sobre sua recente empreitada como escritora de uma obra literária sobre Claudia Raia e também comentou as recentes mudanças no Twitter, empresa agora administrada de maneira polêmica pelo bilionário Elon Musk.

De quebra, Rosana falou sobre o fenômeno do programa “Sai de Baixo”, disparou alfinetadas ao BBB e seu diretor Boninho e comentou suas expectativas em torno do reencontro entre Xuxa e Marlene Mattos, que irão se rever em um documentário inédito da Globoplay.

Confira no bate-papo logo abaixo:

1. Seus livros geralmente têm uma pegada “mão na massa” flertando com ideias de como organizar o cotidiano, saber usar o celular ou até tuitar. Qual das obras deu mais trabalho para escrever? Como se deu a transição para biografias com o “Sempre Raia Um Novo Dia”?

Rosana: “O “Celular, doce lar” exigiu muita leitura e pesquisa. Mesmo tendo partes pessoais, com depoimentos, tem muita informação que precisou de embasamento. O livro de memórias que escrevi com a Cláudia é mais literário, porque tem uma estrutura pensada para contar as histórias dela, tem o trabalho achar a ‘voz’ dela para escrever em primeira pessoa. Eu gosto dos dois tipos de trabalho”. 

2. O “Sai de Baixo” foi o ultimo teleteatro a realmente cair na boca do povo. O que a equipe do projeto tinha que o tornou tão popular?

Rosana: “Sai de Baixo tinha um elenco genial, vários grupos de roteiristas, era uma produção primorosa de tempos de mais abundância na TV.  E, como era gravado num teatro, tinha aquela temperatura da plateia, as reações. Isso dá muita vida para a obra. Lembrando que naquela época, não tinha tanta concorrência de telas, então, o programa encerrava o domingo à noite pra todo mundo dormir feliz”. 

3. Um dos assuntos mais recorrentes na sua coluna do F5 vem sendo BBB. O que vem achando das últimas edições? Existe um esgotamento do formato com celebridades?

Rosana: “A coluna também fala de BBB, mas é mais ampla. Essa edição certamente não é um bom exemplo de sucesso. Confusa, regras que mudam ao sabor do Boninho. Mas, enfim, as pessoas estão acostumadas, o Brasil ama realities e o programa fatura alto. Então, ainda vamos ter muitas edições, boas ou ruins”. 

4. Na sua recente entrevista com o Bruno Mota, você revisitou um momento de confusão com a Xuxa e Marlene Mattos. O que realmente aconteceu? Você está curiosa pra ver o momento das duas se reencontrando no DOC da Globoplay?

Rosana: “Estou sim, quero muito assistir e ver as reações agora que as duas são mulheres maduras. Marlene teve uma infância difícil e foi para o Rio com um sonho. Ela me contou que queria ser Juíza. Chegou a fazer Direito, mas largou porque tinha que trabalhar. Eu conheci Marlene em 1983, foi ela que me chamou para trabalhar com a Xuxa. Eu presenciei muitas tensões entre elas, mas TV é tensa mesmo”. 

5. O Twitter flerta cada vez mais com um modelo de rede social por assinatura onde os pagantes terão mais poder. Como você vê esta ideia sendo autora dum livro sobre o microblog?

Rosana: “O Twitter está à deriva, no momento. Elon Musk é um menino mimado excêntrico que fez do Twitter um brinquedo. Espero que, como todo menino mimado, ele logo enjoe do brinquedo e passe para outro CEO. Eu gosto demais do Twitter, tenho muita dificuldade de abandonar a plataforma”.  

6. O ex-proprietário e idealizador do Twitter, o Jack Dorsey criou recentemente a Bluesky, uma rede social de código aberto onde os usuários podem ter mais liberdade no consumo de conteúdo devido a algoritmos abertos. Você acredita que a Bluesky pode ser mais democrática que o Twitter?

Rosana: “O BlueSky, por enquanto, emula o Twitter. Mas não tenho ideia se vai decolar. Tenho usado pouquíssimo. Entrei hoje só para passar dois códigos para amigos”. 

7. Se você pudesse fazer o algoritmo da web te impedir para sempre de ver conteúdos com o meme do “Tô tremendo Rosana” você bloquearia o assunto? Como você se sente tendo seu nome atrelado a um viral que continua sendo citado na web mesmo depois de quase 15 anos?

Rosana: “A rede tem sua própria lógica, não segue o ritmo do jornalismo, dos fatos, da verdade. Já me incomodei mais, hoje nem ligo. Não me importo que usem, mas acho que a geração TikTok nem sabe o que é esse meme!”.

8. Qual o seu meme favorito da história? E o viral predileto do momento?

Rosana: “Eu amo o Pernalonga de batom. E, dos antigos, adoro o esquilo dramático”.

9. Num dos seus primeiros posts num blog na web você disse que seu epitáfio seria “Era Só o que Me Faltava”. Você ainda mantém a ideia?

Rosana: “Totalmente! É muito meu jeito, reagir com algo inesperado ou ruim desse jeito!”.

10. O que é mais difícil: correr meia maratona ou ter que dar risada quando alguém te diz que “Tá Tremendo Rosana”?

Rosana: “Já corri umas quinze corridas de 21km, a meia-maratona. E uma maratona, de 42km. Essa foi bem dificil, porque precisei treinar meio ano para me preparar. Mas depois que terminei, me senti tão bem comigo, uma sensação tão gostosa de conseguir chegar a um objetivo, com disciplina, dedicação, que não vai ser uma encheção que vai me abalar! ahaha.”