Rita Lee pediu para receber eutanásia após descobrir câncer: ‘Morrer com dignidade’

No dia 8 de maio, o Brasil lamentou a perda de uma das mais importantes artistas de sua história recente, a cantora e compositora Rita Lee, que faleceu aos 75 anos. Durante os dois últimos anos de sua vida, ela enfrentou uma batalha contra o câncer no pulmão. No entanto, de acordo com informações fornecidas por seus familiares, a intérprete de “Ovelha Negra” havia sido considerada curada da doença.

No livro “Rita Lee: Outra Biografia”, a renomada artista compartilhou que chegou a ponderar sobre a possibilidade de recorrer à eutanásia ao saber do diagnóstico de câncer no pulmão. Ela expressou o desejo de ter uma morte digna, rápida e livre de dor. Além disso, a cantora reforçou sua posição a favor desse procedimento, que não é legalizado no Brasil.

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”Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e, que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente. Queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso”, escreveu Rita Lee.

Já em outro trecho, a cantora comenta o trauma de ter visto a mãe sofrendo com o câncer. Porém, o marido fez com que Rita desistisse da ideia. ”Contei [ao chefe da área de oncologia do hospital] do trauma que ficou em mim por ter visto sofrimento da minha mãe fazendo esses dois procedimentos quando teve câncer. (…) O amor dos boys Carvalho/Lee me fez optar por aceitar fazer o tratamento, porque, se fosse por mim, adeus mundo cruel na boa”.

*com colaboração de Savanna Machado