PANTANAL

Amor de Índio: conheça a música-tema de Jove e Juma em Pantanal

Lançada em 1978, canção é um dos grandes sucessos da música brasileira e foi regravada mais de 60 vezes, por artistas que vão de Bethânia a Maria Gadú

Publicado em 06/06/2022 13:00
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Um dos pontos altos da novela Pantanal, remake que é um sucesso da TV Globo, é o amor intenso entre Jove e Juma. A conexão entre os dois acontece quase que de forma não verbal. É pelo olhar, através do cheiro, é territorial. E a música que embala essa história é um clássico brasileiro, chamada Amor de Índio.

A versão que faz parte da trama é interpretada por Gabriel Sater, outra grata surpresa da novela, interpretando Trindade, o violeiro que vendeu a alma ao diabo. Além de ator, o filho de Almir é cantor e deu vida ao tema dos protagonistas, em uma bela releitura do sucesso feita em parceria com o maestro João Carlos Martins. Mas a composição da obra é de Beto Guedes, cantor e compositor com uma longa estrada de serviços prestados à música brasileira.

Apesar da música embalar um amor pantaneiro, Beto é mineiro de Montes Claros. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, contribuiu com diversas composições de sucesso, era parte do time que deu vida ao disco Clube da Esquina, de Lô Borges e Milton Nascimento, e colaborou com outros dois álbuns de Bituca (Minas e Clube da Esquina 2).

Beto Guedes (Divulgação)

Como artista solo, lançou 13 discos ao todo. Alguns são de muito destaque, como o álbum de 1977, intitulado A Página do Relâmpago Elétrico, que já trazia hits como Lumiar e Chapéu de Sol. Mas foi no ano seguinte que o álbum Amor de Índio surgiu, com uma música homônima que entraria para a história.

A letra foi feita em parceria com outro ‘colega de esquina’, o compositor Ronaldo Bastos, e traz uma poesia que valoriza a santidade de tudo que há na natureza, a beleza de tudo que se move e tem vida. Os indígenas se veem como parte da natureza e seus elementos, como os animais, a floresta, os rios. Sendo assim, “Tudo que move é sagrado”.

Amor de Índio já foi gravada e reproduzida por diversos nomes da música brasileira, como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Roupa Nova, Maria Gadú. De acordo com o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), estão registradas 65 versões de estúdio da música composta por Beto e Ronaldo.

Atualmente, Beto voltou aos palcos com a tour ’50 anos depois – De volta ao Clube’, cantando seus grandes sucessos, incluindo os hits do célebre Clube da Esquina. “Eu quis fazer algo como se fosse contar no palco parte da história musical de Minas que vivi. E, ao mesmo tempo, fazer uma homenagem aos meus grandes parceiros de todos esses anos – Milton, Lô, Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Fernando Brant. Essa é a turnê mais importante da minha carreira”, disse Beto, em material enviado à imprensa.

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