Histórias de Vida

De Pernanbuco para o Brasil, Metturo relembra passos da carreira como ator e músico

Já trabalhando até como garçom, artista hoje se dedica ao latin urbano e dance electronic

Publicado em 28/09/2022 02:46
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Sucesso entre o público, Metturo é compositor, ator e cantor dos gêneros latin Urbano e dance electronic que nasceu em Garanhuns, Pernambuco. Ficou conhecido como músico após participar de diversos eventos locais em Garanhuns. Também pelo seu trabalho como ator atuando em peças teatrais e quando foi figurante e dublê no remake da telenovela infantil Carrossel, do SBT.

Originário de uma família simples e humilde, de origem pernambucana e ascendência baiana e alagoana, além de influência mexicana. Aos seis anos, já fazia teatro por influência do seu pai, que era ator, e protagonizou peças na escola e também no Teatro Luis Solto Dourado, em Garanhuns. Continuou como ator até os 18 anos e com outros amigos atores formou uma companhia de teatro independente chamada Gypsy Art. E nesta companhia de teatro fizeram uma turnê por Pernambuco e estados vizinhos. Sempre foi apaixonado por arte e música, cresceu ouvindo nomes como Cazuza, Shakira e Freddy Mercury, além de ritmos como MPB, Samba, Axé, música  urbana latina e Jazz. Quando criança tinha um amigo mexicano onde aprendeu a falar espanhol e a adotar a cultura e influência.

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Aos 12 anos, Metturo começou a emigrar para a internet, sendo um dos primeiros blogueiros mais jovens do Orkut e do Facebook onde ficou conhecido como Mateus Gomez, e dando início ao que chamam hoje de publi que na época não era nada tão explorado ainda mais em sua cidade onde recebia críticas.

Em 2017 voltou para SP em busca de mais oportunidades, porém não encontrou emprego nem o que seria oportunidade, mas lá viu que a música era algo muito valorizado, então tirou referências no que ouvia em São Paulo e ao retornar no mesmo ano para Pernambuco quis produzir música. Confira a entrevista!

Além de estar bastante presente nas mídias digitais você também atua e canta. Latin Urban e Dance Electronic são os gêneros que você prática. De onde veio a inspiração para escolher trabalhar com esses dois gêneros musicais em específico e o que a influência mexicana, vinda de um amigo de infância, influência na sua música?

A inspiração na escolha dos gêneros musicais veio a partir do momento em que comecei a conviver com esses ritmos. O latin urbano fez parte da minha infância, cresci ouvindo artistas como Shakira, Maluma, J Balvin e isso fez com que eu me interessasse muito. O dance eletronic veio quando conheci a cantora Letrux que virou uma grande inspiração e referência pra mim. Quando pequeno tive um amigo que era estudante de intercâmbio na minha escola no fundamental, e ele era mexicano e estava morando no Brasil e aprendendo português, todo mundo zoava ele e eu também era muito zoado porque sofria bullying. Eu já conhecia o espanhol e me tornei amigo dele porque queria aprimorar meu sotaque e dar apoio pra ele, fui seu único amigo de início e ele me apresentou sua cultura e me apaixonei pelo México até hoje.

Você começou a trabalhar nas redes sociais bem cedo. Lidar com a internet no seu início era mais fácil ou mais difícil?

Comecei muito novo na internet, era um universo que sempre me chamou bastante atenção, mas antes era muito mais difícil do que hoje. Eu costumo dizer que antes era tudo mato, e tinham poucas oportunidades. Hoje é bem mais fácil com a chegada de redes sociais como TikTok e muitas outras que vem se popularizando, então fica mais fácil de imigrar na internet hoje em dia. Na minha época era mais difícil porque só tinha o Orkut e Flogão, até chegar o Facebook e eu imigrar pra lá onde comecei a fazer o que chamam hoje de publi. Mas não era fácil todos os dias era um ataque diferente até eu desistir da ideia por um bom tempo.

Explorando ritmos musicais bem diferentes da maioria, principalmente no Brasil, quem são suas referências neste meio?

Eu costumo explorar ritmos musicais autênticos e gosto de fazer mistura entre eles. Principalmente no Brasil onde os ritmos mais conhecidos são o Forró, o Funk e o MPB. Gosto de inovar. Inspiro-me muito em Anitta por ser uma brasileira que vem fazendo o que gosto de fazer, ou seja, misturar ritmos e trazer a música latina pra nosso país já que é o único país latino mais diferente de todos. Também me inspiro muito em Gloria Groove acho super incrível a forma como ela produz sua arte musical.

Metturo (Foto: Divulgação)

Aos seis anos você começou no teatro por influência do seu pai, que era ator. Como esse lado artístico da sua família te ajudou e influenciou no caminho que você quis trilhar?

Meu pai era uma inspiração artística pra mim, cresci o vendo atuando e falando de suas peças e aquele mundo pra mim era incrível, e eu quis fazer parte dele. Esse lado artístico do meu pai me influenciou muito a atuar eu queria ser como ele, e ele me apoiou e me deu de presente todos os textos e falas que guardou durante anos. Isso foi um empurrão pra eu seguir com meu desejo de atuar. Isso me encorajou a seguir adiante. A atuação foi um caminho de aprendizado não só na arte, mas para vida.

Atualmente você está focado em crescer no cenário musical. No que se baseia para criar melodias, ritmos e cenários?

Eu acho que a música é algo que simplesmente vem de dentro, eu me baseio muito nas minhas experiências de vida, nos sentimentos, com as dores que passei, com as alegrias que tive, cada detalhe em minha vida me faz compor uma letra. As pessoas ao meu redor me fazem criar melodias. Tem dias que eu simplesmente acordo passo por algo seja positivo ou negativo e vem em mente aos poucos as melodias automaticamente. Simplesmente flui e sai da alma.

Você teria um gênero musical específico, tendo em vista que você é um artista que costuma explorar estilos musicais diferentes?

Eu exploro muitos gêneros musicais, mas especificamente o latin urbano onde se encaixa o reggaeton, o dembow e o rap.

Metturo (Foto: Divulgação)

De onde veio essa sua paixão por arte e música?

A paixão pela arte começou através da influência do meu pai. Ele me criou ouvindo o que ele gostava de ouvir, que era Cazuza e música internacional, depois através dele também descobriu o teatro. E aos poucos tudo que envolvia arte me fez querer fazer. Acho que um artista nunca está satisfeito e quanto mais arte melhor. Seja música, atuação ou fotografia etc.

Quais são os privilégios e os maiores desafios da carreira de ator?

Os maiores privilégios que eu tive foram os destaques e o reconhecimento que passei a ter, hoje em dia recebo mensagens de crianças e adolescentes que dizem se inspirar em mim. Isso é um privilégio. O maior desafio na minha experiência é sempre ter que passar a verdade e emoção ao público. Você tem que gerar sentimentos ao fazer uma atuação, isso faz a história ganhar vida e faz o público também criar sentimentos ao assistir você em ação.

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Com Luca MoreiraRegina SoaresLetícia Cleto e Affonso Tavares

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