Sintonia Surreal

Marcelo Mancini relembra sucesso da Strike em 2010 e fala sobre dias atuais: “quem vive de passado é museu”

Vocalista lembrou participações da banda na televisão e falou sobre suas novas ambições de carreira

Publicado em 03/11/2022 18:03
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Com uma voz que continua marcando gerações, Marcelo Mancini, vocalista da banda de pop-rock Strike, está com novas ambições! Sempre se reinventando no cenário musical e atento as tendências, o cantor está em busca de novas fórmulas de sucesso e tirar proveito da evolução que a indústria fonografia vem apresentando ao mundo.

Formada em 2003, o Strike já emplacou suas músicas seis vezes na televisão, além de terem se apresentado em mais de 80 shows pelo país. Entre os seus sucessos, os álbuns “Nova Aurora” (2012) e “Desvio de Conduta” (2007) estão entre os mais queridos pelos fãs, apresentando hits como “Paraíso Proibido”, “Sempre Quis” e “Fluxo Perfeito”, que em junho desse ano completou 10 anos e mais de 16 milhões de acessos no YouTube.

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Na entrevista, Mancini relembra alguns detalhes que marcaram a história da banda e ainda expressa sua opinião sobre o cenário musical dessa “nova” década. Confira!

Em junho desse ano, mais especificamente no dia 21, se completaram 10 anos desde a ascensão da Strike com o lançamento da música “Fluxo Perfeito” e do álbum Nova Aurora. Como você vê os avanços e o legado que plantaram lá no inicio da última década?

A música mudou bastante com a chegada dos adendos eletrônicos, o rap, o trap, o piseiro, tudo que conversa com a música eletrônica ganhou muita força e eu acho toda essa reciclagem positiva. Na nossa época ainda vendia cd e o formato de distribuição agora é outro completamente diferente. Nosso legado continua vivo, esse ano eu viajei tocando com bandas locais do Brasil todo, fiz um intercâmbio com grandes músicos e aprendi muita coisa com eles graças ao nosso histórico musical.

Vocês continuam fazendo sucesso até os dias de hoje, se apresentando com uma agenda lotada de shows pelo Brasil. Como definiria o momento atual da sua carreira e qual acredita ser a verdadeira razão do sucesso da Strike?

O que nós fizemos no passado me permitiu viajar esse ano inteiro fazendo mais de 80 shows em casas menores, mas com o público sempre ativo e isso mostra que a galera que curtiu nossa cena no passado curte até hoje. Algumas músicas do Strike são atemporais, não envelheceram e eu sinto isso nos shows. Estou preparando um projeto novo musical, mas contando com toda bagagem que o Strike me proporcionou de 2003 até hoje.

Marcelo Mancini (Foto: Divulgação)

Mesmo que pareça pouca coisa em questão de números, 10 anos já se torna um grande período de tempo para as mudanças de tendência cultural. Como cantor, você conseguiu enxergar muitas mudanças em questão de gerações e estilos musicais que eram melhor explorados no início da década de 2010 para 2020?

Quando nós surgimos a internet ainda não era popularizada, era mais uma coisa de classe média e o punk rock era de certa forma elitizado. Depois que a internet foi pra periferia outros gêneros como o funk, o sertanejo, ganharam muito destaque, público e tiveram números bem expressivos. Eu acho isso super normal, de dez em dez anos o mercado se recicla mesmo e o certo pra quem quer continuar no meio é saber se atualizar.

Um dos acontecimentos que também colaboraram para a popularidade do “Nova Aurora” e do “Desvio de Conduta” foi a entrada das músicas na novela “Malhação” da Rede Globo. Como essa participação na trilha sonora ajudou a impulsionar a imagem da banda?

Isso com certeza fez com que nossa música chagasse a lugares inimagináveis e alavancou a nossa carreira principalmente Paraíso Proibido na Malhação que foi um choque na época. Pra nós fez total diferença às seis vezes que tivemos músicas em novelas e isso foi bem marcante pra nós.

Marcelo Mancini (Foto: Divulgação)

Publicado no canal oficial da banda, o videoclipe oficial da “Fluxo Perfeito” já ultrapassa a marca de 16 milhões de espectadores, enquanto o de “Paraíso Proibido” está em 11 milhões. Você ainda guarda lembranças dessas produções?

Paraíso Proibido nós não nos envolvemos muito na confecção do clipe, pagamos um preço caro,  pois não curtimos o resultado final de jeito nenhum. Na real era pra ter bem mais views, eu me lembro que quando Paraíso estava em cinco milhões de visualizações ele deu uma zerada no contador que nós não entendemos nada. Mas Fluxo Perfeito nós participamos com o diretor Maurício Eça e gostamos bastante do resultado. Participaram vários amigos e a vibe tava muito boa.

O início da década de 2010 ficou bastante marcado pela música pop, tanto brasileira como o como pela música americana. Em sua opinião, essa época poderia ser comparada aos Anos 80/90 do pop-rock brasileiro?

Eu acho que não deveríamos tentar recriar essa época, deveríamos fazer música com influência de novas tecnologias e tendências que existem hoje como o trap que eu adoro. Acho que quem vive do passado é museu.

Marcelo Mancini (Foto: Divulgação)

Naturais de Juiz de Fora, em Minas Gerais, o som de vocês sempre foi bastante marcado pelo espírito jovem e pelo punk rock, com letras que divagam entre os romances e a diversão. Você ainda pretende continuar seguindo por essa linha musical?

Pretendo continuar fazendo música sempre, mas não preso ao nosso passado e nem repetindo fórmulas que já fiz. Quero encontrar um novo norte sempre pra nunca repetir o que foi feito. O que foi feito tem um grande mérito, mas esta num passado que devemos deixar lá com muito respeito, porém devemos procurar sempre o novo como um desafio pessoal.

De maneira geral, o que mais se transformou dentro da indústria fonográfica nesses últimos tempos? A Strike ainda tem muito para passar a geração atual dos jovens?

O Strike provavelmente vá entrar num hiato por tempo indeterminado e voltaremos em algum momento pra fazermos um acústico no futuro. Em quanto isso cada membro irá desenvolver seu projeto musical, ou pessoal paralelo e lá na frente à gente se encontra com toda certeza.

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