Marcos Rosa: a jornada de um artista determinado rumo ao sucesso

Conheça a trajetória do cantor que conquistou o coração do público e brilha nos palcos do Rock in Rio

Publicado em 19/05/2023 02:52
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Marcos Rosa, um talentoso cantor e compositor, está vivendo o auge de sua carreira musical ao realizar seu sonho de se apresentar no palco do Rock in Rio como backing vocal para a renomada cantora Iza. Originário de Belford Roxo e com um estilo único, Marcos superou todas as adversidades e desafios para chegar onde está hoje.

Em 2018, Marcos expressou seu desejo de se tornar backing vocal para Iza em um tweet, mesmo enfrentando a descrença de muitas pessoas em relação às suas capacidades vocais devido à sua voz distinta. No entanto, anos depois, em 2022, a equipe da cantora o convidou pessoalmente para se juntar a ela no palco do Rock in Rio. Esse convite representa a concretização de um sonho e a recompensa por todo o trabalho árduo e dedicação de Marcos.

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Nascido em uma comunidade e criado longe do centro, Marcos sempre buscou oportunidades de aprimoramento através de cursos gratuitos. Desde jovem, ele se destacava no coral da igreja local por sua voz potente e envolvente. Seu talento vocal e estilo único tornaram-se sua marca registrada.

Recentemente, Marcos lançou seu single “Satélite Natural” no dia 5 de maio, coincidindo com seu aniversário. A música, escrita para um ex-namorado durante o início da pandemia, é um testemunho do desejo de Marcos de oferecer conforto e esperança por meio de sua música. O lançamento do single marcou um momento importante em sua carreira solo, recebendo grande reconhecimento e apoio do público.

Além de sua carreira solo, Marcos é membro das bandas Brigitte e Merlot, e também está se preparando para uma nova experiência como parte do elenco do musical “Síndroma”, com estreia prevista para julho. Para ele, isso representa outro sonho realizado, uma vez que terá a oportunidade de trabalhar com seu ídolo de adolescência, Jay Vaquer, que agora é diretor do musical, e com a talentosa cantora Jane Duboc. Os ensaios têm sido intensos e desafiadores, mas Marcos está determinado a entregar uma performance inesquecível e emocionante.

Marcos Rosa é uma fonte de inspiração para muitos, demonstrando que é possível alcançar o sucesso independentemente de origem étnica, orientação sexual ou local de origem. Sua história é um exemplo de perseverança, talento e determinação, e ele continua a quebrar barreiras e conquistar novos horizontes na indústria musical.

Como foi receber o convite para se juntar à Iza no palco do Rock in Rio? Qual foi a sua reação inicial?

O convite veio pelo Instagram. A arranjadora, Letícia Pedroza, de quem eu já conhecia o trabalho, me mandou uma mensagem perguntando se eu tinha interesse e disponibilidade. Fiquei empolgadissimo! O dia foi um dos melhores da minha vida, entregamos um show lindo porque era uma equipe gigante e extremamente competente e comprometida. Nunca nem tinha ido ao Rock In Rio! Estreei no Palco Mundo, pra trabalhar com o que eu amo, ao lado de uma das maiores cantoras da atualidade. Ainda tenho dificuldade pra definir esse sentimento, mas é ótimo. Quero mais.

Compartilhar seu desejo de ser backing-vocal para Iza no Twitter em 2018 e ver isso se tornar realidade em 2022 é realmente inspirador. Como você se sente ao ver que seu sonho se tornou realidade?

Eu me sinto possível. Sinto que eu posso ser de fato o que quiser. E eu quero ser e sou artista. Eu tenho outros sonhos, alguns maiores até. Acho que o maior sonho que eu tenho é o de viver dignamente, com contas pagas, comendo bem e fazendo arte. A riqueza pode ser consequência disso, mas talvez não também e tá tudo bem. Dignamente basta.

Sua voz distinta recebeu algumas críticas no passado, mas agora você está sendo reconhecido por sua singularidade. Como você lida com essas críticas e como se sente por ter conquistado seu espaço na indústria musical?

Não sinto que conquistei meu espaço na indústria musical. Entendi que meu time timbre é único e não estranho e que com estudo de técnica eu posso alcançar diferentes texturas. Sinto que consegui furar uma certa bolha. Conheci um grupo de pessoas que também estão buscando um lugar e a gente se ajuda. A gente se indica pros trabalhos, participa com pouca ou grana nenhuma dos projetos dos amigos pra conseguir visibilidade através do sucesso do nicho também. Acho que ainda falta bastante pra ter um lugar na indústria da música, mas eu tô feliz com o que consegui até agora, mas falta muito.

Marcos Rosa (Foto: Divulgação)

O lançamento do seu single “Satélite Natural” foi um momento significativo em sua carreira solo. O que essa música representa para você e qual mensagem você deseja transmitir aos ouvintes através dela?

Trata-se de uma música que compus no início da pandemia para um grande amor que sempre será um grande amor no espaço em que vive. É o meu primeiro lançamento solo e também é a primeira lovesong que escrevi. Meus amigos dizem que eu sou o sol em várias interpretações de suas crença. Eu gosto da função, mas quis colocar numa música que, por amor, eu posso ser um astro que orbita também.

Além de sua carreira solo, você também é membro da banda Brigitte e Merlot. Como você equilibra suas diferentes experiências musicais e como cada uma delas contribui para o seu crescimento artístico?

Acho que Brigitte Merlot me possibilita ser uma das coisas que eu sou, que é um crooner. Somos quatro cabeças pensando uma sonoridade que de conta da existência de todos. Pessoas diferentes com experiências diversas querendo contar uma história. A gente instrumentaliza o blues, o jazz e o rock and roll. No meu trabalho solo eu quero fazer uma expecie de linha eletro jazz, pop com bastante apelo vocal. As coisas sobre as quais eu quero falar também diferem. Além da Brigitte Merlot eu também canto num coro, o Madrigal do Villa, da Escola de Música Villa-Lobos, tô sempre aberto a outros projetos também. Gosto de ser versátil no exercício do canto.

Você está se preparando para uma nova experiência como parte do elenco do musical “Síndroma”. Como tem sido trabalhar com seu ídolo de adolescência, Jay Vaquer, agora como diretor, e a talentosa cantora Jane Duboc? Quais são suas expectativas para a estreia do musical?

Enriquecedor bem como eu achei que seria. Mais que fã do trabalho do Jay, eu me inspiro muito no fato de que ele é um cantor que estuda muito, um compositor fora do comum e que isso, no caso dele, vem “de berço”, não excluindo, obviamente, a necessidade de se aperfeiçoar sempre. Jane é uma artista que, quem não conhece deveria conhecer e “sugar” todo o conhecimento que ela tem e tá disposta a passar. Para além do compromisso de entregar excelência em Síndroma, o processo só tem a somar na minha carreira. Não tem ninguém mediano neste musical. Síndroma definitivamente será amado e odiado por muitos. Os temas são de extrema importância e desconforto. Acredito que a experiência do público será de tirar o fôlego!

Marcos Rosa (Foto: Divulgação)

Sua história é uma inspiração para muitas pessoas que desejam seguir seus sonhos na indústria musical. Que conselho você daria para aqueles que estão enfrentando adversidades e desafios em busca de seu próprio sucesso?

Sonhar é importante, faz com que você não desista, mas estratégia é indispensável. É preciso saber falar várias linguagens, atualizar-se sempre e se fazer de maluco quando as pessoas forem escrotas. Procure os cursos gratuitos e seja cara de pau. Não tem nenhum segredo mirabolante, eu acho. Basicamente eu diria pra você estudar muito, ter fé e não ter medo de ouvir nãos.

Quais são seus planos futuros na música? Há algum projeto especial em que você esteja trabalhando ou algum artista com quem gostaria de colaborar?

Quero conseguir lançar meu trabalho autoral com todos os audiovisuais que penso. Fazer isso sem me preocupar com grana. O que mais me deixaria feliz é viabilizar pro público mesmo as minhas ideias. Gravar e lançar!

Alguém com quem eu gostaria muito de trabalhar é a Liniker. Seja como backing vocal ou tendo a oportunidade de gravar um single com ela… Tanto faz. É uma linguagem com a qual me identifico muito, ela é uma artista completa. Participei de uma edição do Música Boa Ao Vivo como backing vocal uma vez e ela me disse que adorava os covers dela na minha voz, fiquei sem palavras.

Como você espera que sua música e sua história possam impactar outras pessoas e inspirá-las a perseguir seus sonhos?

Eu acho que compartilho identidades com muita gente. Eu sempre tento ser honesto com o que sou: um homem negro, LGBTQIAP+, de origem periférica, essencialmente artista, que ama, sofre, é feliz, crítico e almeja lugares melhores. Mas as minhas letras falam da mesma coisa que todo mundo, com essa diferença da ótica da minha existência. Tenho as opiniões que tenho por conta de quem sou. Acredito que tem muita gente que passa pelas memas coisas que eu passo e que vão se identificar mesmo sem elementos óbvios, através da linguagem. Tanto da verbal, quando da sonoridade.

Marcos Rosa (Foto: Divulgação)

Por fim, o que você mais ama na música e como ela tem influenciado sua vida de maneira geral?

A música literalmente me mantém vivo. Seja pelo desejo de compreender cada vez mais ou por simplesmente executar É algo que escolhi fazer até morrer. Cantando, tocando, ensinando, produzindo… O que mais gosto na música é que ela carrega sempre poder de resignificação. Música não envelhece, só muda de contexto e muda contextos, inclusive sociais, como foi com Seu Jorge, com Ludmilla, com Mumuzinho e outros artistas que são histórias de sucesso nas quais me inspiro.

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