Segredos do Sucesso

Novo livro de Henrique Medeiros explora a abordagem “Caórdica” para enfrentar os desafios do mundo moderno

"Células Sociais Caórdicas – o caminho para um novo mundo" apresenta uma visão inovadora sobre gestão e inovação no mercado de tecnologia

Publicado em 23/07/2023 02:10
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O mundo dos negócios e da gestão é constantemente desafiado por complexidades e incertezas, exigindo abordagens inovadoras para lidar com as adversidades. Inspirado pelo conceito “Caórdico”, cunhado por Dee Hock, fundador da Visa, o especialista em gestão e psicanalista Henrique Medeiros lança seu novo livro “Células Sociais Caórdicas – o caminho para um novo mundo”. Com mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia, Medeiros explora o equilíbrio entre o caos e a ordem, mostrando como essa abordagem pode promover inovação, adaptação e colaboração em um mundo em constante mudança.

No livro, Henrique Medeiros compartilha suas vivências em corporações com estruturas rígidas que sufocavam a criatividade e a flexibilidade. Ele destaca a importância de reconhecer o valor do caos criativo, permitindo que equipes explorem diferentes abordagens e perspectivas para solucionar problemas. A abordagem Caórdica valoriza a autonomia individual, incentivando a responsabilidade e o empoderamento dos membros da equipe, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de times de alto desempenho.

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Com uma visão inspiradora e baseado no conceito de que cada indivíduo possui habilidades únicas, “Células Sociais Caórdicas – o caminho para um novo mundo” mostra como a harmonia entre caos e ordem pode impulsionar a inovação e a busca por soluções inovadoras para enfrentar os desafios do cotidiano. Henrique Medeiros, fundador da consultoria FCVC, traz sua expertise em liderança, formação de times de alto desempenho e reestruturação organizacional para guiar leitores em uma jornada transformadora, explorando a verdadeira essência da abordagem Caórdica no ambiente corporativo e social.

Como você define o conceito de “células sociais caórdicas” e qual é a importância desse modelo de gestão nas organizações modernas?

Uma “Célula Social Caórdica” é um ente (uma pessoa, uma empresa pública, privada, uma organização não governamental, a sociedade com um todo etc.) que funciona como o nosso próprio organismo. De maneira colaborativa! Com diferentes funções, diferentes ritmos, porém distribuindo substâncias, recursos, de forma equitativa, para que todo o organismo se mantenha saudável. Algo mais que primordial para que possamos respeitar, acolher, toda a diversidade humana, e dela recebermos o melhor de cada um, bem como utilizarmos de maneira sustentável os recursos ofertados pelo planeta.

Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas que adotam estruturas rígidas e pouco flexíveis? Como a abordagem caórdica pode ajudar a superar esses desafios?

Como bem defende o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos tempos líquidos. Tempos em que tudo muda muito rapidamente, em que nada é feito para durar. Tempos em que costumes, o grande desafio para as organizações é reconhecer a necessidade de adaptar, constantemente, seus processos, em especial os relacionados ao bem-estar dos seres humanos, de maneira que ela possa refletir as mutantes necessidades da sociedade. E para superarmos os atuais desafios dessa sociedade em constante mutação, as organizações precisam fazer uso do caos e da ordem. Sendo o caos representado pela indução de processos de entropia, busca por novos conhecimentos/ações e o entendimento de que os desafios devem ser encarados como oportunidades de repensarmos nossa forma de viver em sociedade. Já a ordem é representada, de forma geral, pela atuação em torno de propósitos comuns, do bem comum, pela distribuição equitativa dos recursos, o que trará equilíbrio para a humanidade e para o planeta.

Como a interação entre caos e ordem pode estimular a inovação e a criatividade nas equipes de trabalho?

Para responder essa questão é necessário primeiro entender que o caos, quando visto com um elemento indutor de transformações, não se trata de algo ruim. Pelo contrário! Sem o caos uma “Célula Social Caórdica” não se desenvolve e principalmente morre. Portanto, o caos deve ser utilizado para estimular a inovação e criatividade, por exemplo, quando uma empresa permite que seus colaboradores participem de decisões estratégicas, quando líderes escutam e solicitam opiniões, ideias, sobre determinada demanda que precisa ser entregue, ao invés dele decidir tudo sozinho (goela abaixo), ou quando um líder foca seu tempo em desenvolver novas competências em seu time, mesmo que isso traga alguma desordem inicialmente. Por outro lado, a ordem dever ser utilizada para colocar tudo que foi compartilhado/decidido em prática, de maneira planejada, e com todos os envolvidos se beneficiando do que está sendo entregue. Em resumo, a inovação e criatividade são filhas do que eu chamo de capacidade de observação crítica, nossa, dos seres humanos. Sendo ela caracterizada pela alternância constante de ciclos de caos, ordem, representados pela nossa capacidade, ímpar, de observar, de elaborar sobre o que foi observado, de agir e depois ainda transmitir o que foi aprendido, porque não foram as máquinas que nos trouxeram até aqui. Esse processo intransferível da “observação crítica” é o que nos torna humanos, faz-nos evoluir, nos permitiu chegar ao atual estágio evolutivo em que nos encontramos. Sem dúvida é o maior elemento que nos distingue de todas as outras espécies. Já a sua falta é o que nos faz assinar nosso atestado de óbito.

Quais são os benefícios de valorizar a autonomia e a responsabilidade individual dentro de uma organização? Como isso impacta o desempenho dos colaboradores?

Se pensarmos novamente no funcionamento do nosso organismo vamos perceber que ele funciona de forma integrada, porém, com cada uma de suas partes (desde uma célula até os mais sistemas complexos) operando de maneira individual para cumprir sua função. Ou seja, se respeitamos, e sobretudo apreciamos, a forma que o nosso organismo funciona, o porquê nosso coração não faz a função do nosso fígado, e vice-versa, por que não desejamos que esse seja o mesmo modelo de operação para as nossas organizações? A autonomia e a individualidade são elementos básicos, não somente para o funcionamento do nosso organismo, mas também para a nossa psique. Todos nós gostamos de ter nossas opiniões ouvidas, nossos desejos respeitados, gostamos de enfrentar desafios, superá-los e sermos reconhecidos por isso. Quando extirpamos de uma pessoa, de um colaborador(a), a capacidade de ser reconhecido(a) como alguém único, de permitir que cada um trabalhe entregando o seu melhor, para o todo, de forma responsável, autônoma, também tiramos dela o sentimento de pertencimento, de que ela faz parte de uma comunidade, de algo que traz sentido para sua existência. O que infelizmente é exatamente o contrário do que as pessoas experimentam na grande maioria das organizações. Em suma: insistimos, persistimos e não desistimos, mesmo mais de 200 anos depois, em manter pessoas trabalhando no modelo da Revolução Industrial, no modelo linha de produção, ao invés de investirmos na autonomia e na responsabilidade delas. Reflitamos então! “Quando um robô para de funcionar, ele perde o seu propósito, sua autonomia. Nós, seres humanos, quando perdemos nossa autonomia, nosso propósito, individualidade, paramos de funcionar”.

Você poderia compartilhar exemplos práticos de como a gestão caórdica pode ser aplicada em diferentes contextos organizacionais?

A gestão caórdica, regida pela alternância de caos, ordem, parte, fundamentalmente, do pressuposto de que as organizações, sejam elas quais forem, devem sair do automático. Em outras palavras, as organizações devem, na prática, em toda sua estrutura, permanentemente, estimular reflexões sobre melhoria de processos, sobre como seus colaboradores podem obter mais qualidade de vida, devem investir na escuta de seus membros (inclusive do coração) para que haja aumento no sentimento de pertencimento, devem fazer uso da “observação crítica” (uma simples andança dos líderes pela empresa, uma conversa sincera, onde o colaborador se sinta de fato acolhido e posterior manutenção de discurso/prática coerentes, podem salvar o  mundo). Além disso, é preciso ter um propósito que respeite a Declaração Universal dos Direitos Humanos e esteja vinculado a apelo menos um dos 17 ODS, objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, devem investir na colaboração, não na competição, incentivar em seus membros o pensamento expandido (acreditar que soluções são o fruto de esforço, muita persistência e aprendizado) e, finalmente, utilizar todos esses fatores, como forma de melhorar o seu próprio ecossistema e a humanidade como um todo.

Henrique Medeiros (Foto: Divulgação)

Quais são os principais passos para implementar uma abordagem caórdica em uma empresa? Quais são os desafios comuns nesse processo de transição?

Os passos para implementação de uma organização caórdica são relativamente simples. O primeiro deles, por incrível que pareça, é “querer”. Não existe nada, ‘nadica de nada’, que nos impeça de iniciar a criação de um mundo melhor que não seja o nosso simples “Eu quero”!

O segundo passo é termos líderes para conduzir o processo de criação de um ambiente caórdico. Esse é um passo primordial! É um ingrediente tão escasso que foi a falta dele nas últimas décadas que nos fez entrar num profundo estado de dormência e em absoluto estado de inação quanto aos nossos problemas. Foi a falta dele, de líderes comprometidos com a vida das pessoas, que praticamente dizimou nossa percepção de que somos a parte que importa, que abalou a nossa esperança de que nós, seres humanos, deveríamos ser o objetivo final das ações dos governos e das organizações. Foi a falta dele, desse raro ingrediente, que nos fez perder a capacidade de convergir diferentes pensamentos em torno de objetivos comuns. E ainda nos fez entrar em guerras, mantém-nos nelas, permite que pessoas morram de fome, que pessoas morram em filas de hospitais e mais um monte de outras coisas que já deveriam ter sido extintas do nosso planeta, há tempos.

O terceiro passo é a definição de um propósito. Um propósito bem delineado e que, de fato, seja algo realizável e que também traga benefícios para o planeta e para a humanidade. Um bom exemplo são novamente os 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável da ONU. Eles podem, e devem, ser utilizados como base para acelerar ações que ajudem a resolver os nossos mais variados problemas. E acreditem! Quando focarmos nossos esforços, nossos propósitos, no bem comum também resolveremos um dos maiores problemas do mundo moderno: o desemprego. Claro! Obviamente isso não ocorrerá da noite para o dia, mas pensem comigo: “Hoje não falta trabalho; falta emprego”. Certo? E isso ocorre basicamente porque focamos esforços em atividades que nem sempre trazem benefícios para todos.

Imaginem, por exemplo, se ocuparmos nossa força de trabalho para despoluir rios, limpar oceanos, recuperar biomas devastados, construir moradias dignas, instalar saneamento básico para todos, produzir alimentos para todos, diminuir o desperdício de alimentos, criar energias limpas, renováveis, instalar indústrias de reciclagem, construir ferrovias, centros de pesquisas, hospitais, escolas, transporte público de qualidade ou implementar qualquer solução que traga bem-estar às pessoas e ao planeta. Conseguiram imaginar? Agora pensem em quantas qualificações precisaremos ter, formar, reciclar, para construirmos um novo mundo melhor e sustentável. Vai faltar trabalho? Respondam daí, que respondo daqui: não, não vai.

Quando nos unirmos em torno da construção de um novo mundo, credos, ideologias, cores, nacionalidades, gêneros não passarão de linhas imaginárias. Os propósitos das pessoas, das instituições não estarão mais dissociados e isso impulsionará exponencialmente nossas realizações.

Chegamos ao último passo. Um passo crucial para que uma célula funcione de maneira eficiente: a autocorreção. Por meio dela, uma “Célula Social Caórdica” deve, constantemente, sentar seus membros à mesa para avaliar seu planejamento, atuação e, quando necessário, criar novos caminhos, soluções, corrigindo seu foco e ações. Aprender, desapegar, reaprender: mecanismos imprescindíveis para que uma célula possa realizar com eficiência seu propósito de existência mesmo que, para tanto, seus integrantes tenham de se organizar, desorganizar em ciclos de caos e ordem, como dúvida, fé, inquietação, autoeficácia, otimismo, esperança, os quais tornarão a célula cada vez mais resiliente e próspera. Nosso universo funciona assim e as “Células Sociais Caórdicas” também funcionarão.

Como a sinergia entre diferentes habilidades e perspectivas individuais pode contribuir para o sucesso de uma equipe caórdica?

A resposta para esse aparente dilema passa, necessariamente, pela definição de uma “Célula Social Caórdica”. Em resumo, um ente que funciona como o nosso organismo: com diferentes funções, diferentes ritmos, mas com um único objetivo. Manter o equilíbrio do todo. Assim sendo, a diversidade de competências, de conhecimentos, a capacidade de unirmos vários olhares sobre um mesmo problema, são elementos fundamentais para encontramos soluções conjuntas para as nossas agruras. Reforço, portanto, que a base para o sucesso de uma equipe caórdica está na colaboração. Na capacidade de nós, seres humanos, trabalhamos em conjunto para a criação de um novo mundo socialmente justo e economicamente viável. No fundo estamos diante de duas utopias: ao insistirmos na primeira, na visão meramente financeira, desarmônica do mundo, pessoas, instituições continuarão desenvolvendo células, cancerígenas, que logo corroerão por completo o já debilitado organismo chamado Terra. Ao investirmos na segunda, num modelo harmônico de coexistência, estaremos optando pela criação de uma nova sociedade formada por células sadias, colaborativas e que trabalharão focadas na construção de um mundo em que os seres humanos serão o centro das nossas atenções. Utopia por utopia, prefiro, indubitavelmente, ficar com a segunda.

Como a abordagem caórdica pode auxiliar na adaptação e resiliência das organizações diante de mudanças constantes no ambiente de negócios?

Sendo a gestão caórdica, por definição, um modelo de gestão que entende o caos como algo benéfico, fica fácil de entender que ela também percebe mudanças como algo benéfico. Dito isto, organizações caórdicas não se preocupam com constantes mudanças, mas sim em como elas podem criar, em conjunto com os seus membros, soluções para os desafios que se apresentam no dia a dia. E, para tanto, organizações caórdicas fazem uso de uma nova doutrina chamada esperança e sua trindade: a autoeficácia, o otimismo e a resiliência. A esperança é a crença de que somos capazes de criar caminhos alternativos diante de desafios, para superá-los; a autoeficácia, a crença na nossa capacidade de entrarmos em ação para superar obstáculos. Assim como sempre fizemos! O otimismo, a crença de que iremos alcançar os resultados por nós desejados. Interpretando eventos como oportunidades de crescimento e substituindo as preocupações pela ação. E, por fim, a resiliência, essa magnífica crença na nossa capacidade de reagirmos diante de frustrações e seguirmos em frente.

Como equilibrar a necessidade de controle e ordem com a liberdade de explorar o caos criativo? Quais são as melhores práticas nesse sentido?

Para que, efetivamente, uma organização consiga absorver o caos criativo, ela precisa fazer uso, constante, do mecanismo da escuta ativa, baseado em ouvir os membros da célula, suas ideias, opiniões e a partir delas construir caminhos que “acalmem”, coloquem ordem em algo que a organização está sendo desafiada a superar. Esse mecanismo de escutar, encontrar caminhos em conjunto, mesmo não sendo algo trivial, é a única forma para que o movimento pendular de desafios, inquietações, caos, sejam equilibrados pelo movimento subsequente de ordem. Que, reforçando, caracteriza-se por encontrar caminhos conjuntos e estabelecer ações concretas para que ele se viabilize. Somente dessa forma, gerando nos membros da célula um sentimento de pertencimento (participação), o caos criativo consegue encontrar seu equilíbrio. E, pasmem, uma maneira muito simples de efetuar esse ciclo de equilíbrio entre caos e ordem é as organizações estabelecendo, junto com seus líderes e membros, ciclos de reuniões semanais, quinzenais e mensais onde nelas serão discutidos livremente problemas, desafios, em conjunto. Não esquecendo de também estabelecer reuniões periódicas de feedback entre os membros, como forma de trabalhar também os microambientes individuais. Para esse último caso, lembrar que estamos falando de entender as expectativas, de cada membro da célula, sobre o que ele espera da organização em relação a valores, autonomia, atuação, crescimento, reconhecimento e até remuneração. Simples assim… 

Que conselhos você daria para líderes e gestores que desejam adotar uma abordagem mais caórdica em suas organizações?

Oferecer respostas a esse questionamento é algo que venho me debruçado, nos meus últimos 20 anos de atividade profissional, como gestor de times. E elas não poderiam ser outras senão formarmos líderes que: colocam o ser humano, não o dinheiro, como principal objetivo da nossa existência; reconhecem que sua missão maior é servir e, ao reconhecê-la, reconhecem também que vivem para apoiar outras pessoas, a encontrarem soluções para os seus problemas; atuam como facilitadores, praticando o desprendimento, muitas vezes sem serem reconhecidos. Atuam como o Homem-Morcego, nas sombras, a serviço da luz; unem pessoas em torno de propósitos comuns; são também responsáveis por levá-los aos integrantes da célula, deixando claro por que eles estão fazendo o que estão fazendo; geram desafios, interesse, prazer, motivando intrinsecamente os participantes da célula.

E, para tanto, compartilham a visão estratégica e/ou planejamento de maneira que todos possam adquirir autonomia; desejam para o próximo o que desejam de bom para si, colocando-se no lugar do outro; atuam com mindset expandido acreditando que resultados vêm do esforço, da persistência, do desenvolvimento contínuo de competências e conhecimentos das pessoas e, para tanto, é preciso criar ambientes saudáveis, desafiadores e ainda utilizar o feedback para gerar aprendizado e resultados; praticam a escuta ativa – capacidade de suspender julgamentos, ouvir, solicitar opiniões, entender o que o outro tem a dizer, catalisando diferentes necessidades e endereçando-as com suas especificidades; são capazes de unir valores, sonhos, necessidade de autonomia, reconhecimento e remuneração justa de cada indivíduo, com as necessidades de conhecimentos e capacidade de agir esperados por célula, motivando seus integrantes intrinsecamente; são capazes de nutrir esperança criando caminhos com os participantes da célula, para alcançar hoje o propósito dela, mas, ao mesmo tempo, de olhar para o futuro em busca de inovações que possam contribuir com o desenvolvimento do funcionamento da célula, lá na frente; são transparentes, assumem responsabilidades por suas ações, erros, corrigem caminhos e mantêm integridade e coerência entre discurso e prática; não buscam culpados – separam pessoas e problemas, acalmam os ânimos, focam o futuro para, com os demais, encontrar a causa-raiz dos problemas, suas soluções, evitando o desperdício de energia; encontram, com os integrantes da célula, soluções para os problemas dela, estabelecendo prioridades, prazos e os responsáveis por atividade. Comunicam frequentemente a todos o que foi feito, o que está por vir e o plano de ação para realizar o que ficou pendente com o acompanhamento das atividades; estimulam o sentimento de pertencimento, comunidade, dividem caminhos, soluções, estimulam a liberdade de ideias, cultivam a equidade, justiça, delegam e geram autonomia, apoiando com as suas experiências, de forma que todos tenham oportunidades de crescimento, independentemente de suas características; possuem influência, em vez de status.

Atuam com foco na empatia, mostrando interesse genuíno pelo outro;  estão juntos nos momentos difíceis, criando relações baseadas na confiança, no apoio mútuo, focando o reconhecimento dos resultados; suspendem o julgamento, atuando com base em fatos e dados, e não em estórias, evitando o desperdício de energia; vivem os 4 compromissos toltecas: não levam nada para o lado pessoal; possuem maestria com a palavra (falada e escrita); não tiram conclusões apressadas (não julgam) e dão o melhor de si;  entendem que suas palavras podem causar danos tanto quanto as armas; conseguem, perante um mundo tão dividido, trazer as pessoas à mesa para, permanentemente, discutir novos caminhos de existência humana; estimulam os integrantes da célula a terem uma vida saudável, por meio do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; por fim, são guiados pelo seguinte lema de vida: “Não se pode medir o dar e o receber. Uma dádiva com expectativas não é dádiva. É barganha…” (Dee Hock, fundador da Visa).

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