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Organizadora do Festival de Cinema da Lapa, Valéria Borges faz apostas para o Oscar

Produtora cultural salienta que a Academia vem mostrando sinais de mudança nos últimos anos

Publicado em 15/02/2023 15:39
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Principal premiação do cinema mundial, os Academy Awards, conhecidos popularmente pelo troféu, Oscar, acontecem em Los Angeles, nos Estados Unidos, em março. E em meio à corrida das premiações, a escritora e produtora cultural Valéria Borges, e membro da organização do Festival de Cinema da Lapa, desde sua criação, no Paraná, um dos mais importantes do país, traz um panorama do que os fãs podem esperar sobre os resultados.

Conhecedora da sétima arte, uma de suas paixões, Valéria traz um panorama breve do que a cerimônia espera.

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“É fato que a Academia está passando por renovações. Se formos ver o que aconteceu nos últimos anos, os críticos começaram a enxergar o potencial de filmes em outras línguas, o que pode ser considerado uma grande mudança de chave. Diferentemente do Brasil, onde as pessoas estão acostumadas a ver filmes com legenda, esse hábito é muito pouco disseminado nos Estados Unidos. Com isso, grandes longas em língua não-inglesa acabam ficando sem repercussão”, analisa a curadora.

“No entanto, nos últimos anos nós, produtores culturais, temos visto uma grande mudança no crivo de avaliações. Um grande exemplo é o prêmio de ‘Melhor Filme’ para ‘Parasita’, em 2020, um filme coreano e que fala de uma realidade muito particular da capital Seoul.

Analisando os concorrentes de 2023, Valéria destaca o seu favorito: “Quanto aos filmes concorrentes ao Oscar em 2023, eu apostaria mais no ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’. Um filme que aborda comédia e crises existenciais, mostra problemas e como aceitar a realidade. Dividido em capítulos que é a base do próprio título. Interessante que tem uma conexão entre os personagens, até uma espécie de ligação emocional entre protagonista, vilão e antagonistas. Cenas intensas. E Michele Yeoh está maravilhosa no papel.”

Oscar (Foto: Divulgação)

Brasil nos Oscar
O cinema brasileiro é reconhecidamente um dos mais pulsantes do mundo. Com centenas de produções lançadas anualmente, impulsiona a cultura nacional com histórias, levando às telonas a realidade em diferentes cantos do país.

Conhecida por seus trabalhos de impulsionamento à cultura, Valéria explica que, embora os longas brasileiros tenham ficado de fora da indicação final, o cinema brasileiro deve ser respeitado.

“Primeiramente sobre os filmes brasileiros que foram cogitados e que não estão concorrendo. Só o fato de terem sido cogitados a concorrer já podem ser considerados importantes em suas participações. Todos os três: ‘Território’, ‘Sideral’ e ‘Marte Um’ abordam histórias fortes e ao mesmo tempo relevantes e simples da nossa realidade, deixando implícito o questionamento sobre gestões administrativas não satisfatórias. E todos abordam histórias sobre problemas, anseios, ambições do cotidiano. Esses filmes nacionais são a prova que investir em cultura vale a pena”, finaliza.

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