Tania Moschini traz relatos de viagem em novo livro: “E agora, pra onde?”

Apaixonada por viagens, a escritora e revisora Tania Moschini acredita que viajar é a essência da vida. Essa paixão inspirou o lançamento de seu livro “E agora, pra onde? Relatos de viagens com muitas risadas e emoções”, uma coletânea de crônicas que retrata momentos engraçados e emocionantes vividos ao redor do mundo. Com uma escrita leve, otimista e descontraída, Tania compartilha suas experiências protagonizadas em família.

Ao longo dos mais de 40 capítulos que compõem esta obra, a autora leva os leitores a diversos lugares, desde o Japão até o Pantanal. Através de seus textos, somos transportados para países como China, Chile, Inglaterra, Itália, Peru, Alemanha, entre outros. Ela até mesmo nos conduz a viagens que ainda não foram realizadas, mas que continuam nos planos, apesar dos contratempos anteriores, resultantes da necessidade de impor limites às decisões de uma de suas filhas.

As histórias são sempre narradas pela própria escritora, com a presença constante de seu marido, seu grande parceiro nessas aventuras, e suas três filhas. “E agora, pra onde?” é também uma obra autobiográfica que aborda situações universais da vida, como a companhia do primeiro amor, a formação de uma família e o crescimento profissional, todas entrelaçadas nos relatos de viagem.

A autora retrata, por exemplo, os conflitos familiares gerados pela busca de independência de uma de suas filhas em outro continente. Ela também descreve os sentimentos de estar ao lado dos pais na vida adulta, como se retornasse à inocência da infância por breves instantes. No entanto, essas narrativas familiares são habilmente entrelaçadas com eventos cômicos que irão divertir e encantar o público.

Natural de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Tania Moschini atualmente reside em Cuiabá, no Mato Grosso. Com formação em Letras e habilitação em Língua Portuguesa e Francesa, ela dedicou quase quatro décadas de sua vida ao trabalho em áreas técnicas e gestão de secretarias estaduais. Por 17 anos, atuou como assessora e revisora de textos no Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso. Após se aposentar, Tania passou a oferecer serviços de revisão e ghostwriting, além de se dedicar à literatura, com o lançamento de seu livro “E agora, pra onde?”.

O título do seu livro, “E agora, pra onde?”, sugere uma busca por novos destinos e experiências. O que inspirou você a escrever sobre suas viagens e compartilhar essas histórias com os leitores?

Há muitos anos, eu adquiri o hábito de registrar as minhas viagens de lazer. Esses registros contêm relatos de histórias engraçadas, emocionantes, que eu achei que valiam a pena compartilhar com as pessoas e, ao mesmo tempo, mostrar que, mesmo quando parece que as coisas vão complicar, a gente pode se divertir e aproveitar a viagem de um jeito leve e descontraído.

O livro é uma mistura de crônicas de viagens e relatos familiares. Como você equilibrou esses dois elementos ao escrever a obra?

As viagens as quais me refiro no livro aconteceram sempre na companhia de alguém próximo a mim (quase todas o meu marido, por sinal). Essa proximidade, esse convívio mais estreito, permitiu que vivêssemos juntos muitas emoções, o que, de certa forma, fez com que a gente renovasse a intimidade, o prazer de estar junto, de se divertir com os acontecimentos e, principalmente, de rir um com o outro. Viajar é isso também: a oportunidade de reavivar sentimentos, redescobrir pequenos prazeres, tão importantes nas relações e que o dia a dia muitas vezes nos impede de fazer.

Quais foram alguns dos momentos mais engraçados e emocionantes que você vivenciou durante suas viagens? Pode compartilhar um deles conosco?

Entre as muitas histórias que eu conto, destaco um momento de grande emoção vivido por mim durante a apresentação do espetáculo “O Rei Leão”, em Londres, na única viagem à Europa que meus irmãos e eu fizemos com meus pais. Eu assisti à peça ao lado do meu pai, no dia do seu aniversário de 86 anos, e senti algo que me emociona até hoje, quando lembro. Acho que foi porque eu sabia que a possibilidade de viver tudo aquilo novamente era ínfima. Foi inesquecível e por isso fiz questão de registrar e compartilhar.

Além de fornecer entretenimento, o livro também aborda questões universais da vida, como a formação de uma família e o crescimento profissional. Como essas temáticas se entrelaçam nas suas narrativas de viagem?

Na verdade, não era a minha intenção original. Mas penso que isso decorre do fato de as histórias estarem inseridas ora no contexto familiar, ora no profissional, devido às circunstâncias das viagens. E, inevitavelmente, como somos leves e sempre fazemos questão de valorizar o lado bom dos acontecimentos, as histórias acabaram passando mensagens de otimismo, leveza e descontração, o que acho ótimo. É a minha cara. E a cara dos meus coprotagonistas.

Você menciona no release que a obra não é um guia de viagens, mas sim uma forma de compartilhar as sensações vividas durante suas aventuras. Qual é a principal mensagem que você espera transmitir aos leitores por meio dessas sensações?

Realmente, o que eu desejo, mesmo, com este livro, é compartilhar as sensações que eu vivi durante as minhas andanças por aí, e que as pessoas se divirtam, que descontraiam com a leitura, enfim, que sintam a mesma leveza, o mesmo prazer e, quem sabe, até um pouco da emoção que eu senti vivenciando as histórias e escrevendo o livro.

A mensagem que quero passar aos leitores é que não esperem pela “viagem perfeita”. Toda viagem pode proporcionar prazer, o destino não é mais importante, e sim o estado de espírito. O que vale mesmo é se aventurar, se disponibilizar para novas experiências, se deixar levar pela improvisação e pelo coração. Com a melhor companhia, nem que seja só a gente mesmo.

Como foi a transição de uma carreira em áreas técnicas para se dedicar à escrita? O que a levou a explorar esse novo caminho profissional?

Na verdade, pelo fato de gostar muito de escrever e de ter facilidade com isso, em todos os anos em que trabalhei como servidora pública acabei sendo mais solicitada a exercer, entre outras atribuições, aquelas relacionadas à produção e revisão dos documentos do meu ambiente de trabalho. Com isso, ao me aposentar, a transição foi leve e natural, já que apenas precisei redirecionar o foco das minhas atividades.  E, o que é o melhor: agora, faço do meu grande prazer a minha profissão. Tem algo melhor do que isso? Quem não sonha com isso, não é? 

Além de “E agora, pra onde?”, você tem planos para futuras obras literárias? Poderia nos contar um pouco sobre seus projetos futuros?

Sim, já estou no processo de produção de outro livro de crônicas, desta vez não relacionadas a viagens. São reminiscências voltadas à vida cotidiana. Creio que até a metade de 2024 ele estará concluído.

Também tenho, disponível para venda na plataforma Hotmart, o curso on-line “Português para alavancar sua carreira”, mais direcionado às pessoas que trabalham na linha de frente dos atendimentos, que sentem necessidade de melhorar sua capacidade de comunicação com o público, tanto na escrita quanto na fala. É um curso muito prático, muito leve e acessível. Minha intenção é transformá-lo em e-book, também.

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