Vedo fala de parceria com Chris Brown e comenta bastidores de “Do You Mind”

As variações entre os amores e as desilusões marcam o emocionante e dançante R&B do cantor e compositor Vedo. Prestes a lançar seu sexto álbum, “Mood Swings”, no dia 13 de janeiro desse ano, ele revelou o single “Do You Mind”, em parceria com Chris Brown.

Além de repetir a parceria com Chris Brown (“Warm Embrace”, “Heartbreak on a Full Moon” e “Indigo”), ele assina hits para Usher (“Don’t Waste My Time” ft. Ella Mai) e até faixas de K-Pop para grupos icônicos como EXO (“Going Crazy”) e NCT 127 (“Regular”). Recentemente, Vedo foi indicado ao Grammy por outra parceria com Brown – “Warm Embrace”, do disco “Breezy”.

Entre chamar a atenção ao lado de Usher na sua participação no The Voice até os dias atuais, quando viralizou ao lado do seu mentor no Tiny Desk Concert da NPR, Vedo se consolidou como um compositor prolífico que acumula centenas de milhões de streams em suas faixas e hoje tem 2,6 milhões de ouvintes mensais somente no Spotify, tendo São Paulo como a terceira cidade onde sua música mais é consumida no mundo. Confira a entrevista!

Com uma musicalidade que toca os sentimentos de desilusões e amores, o seu álbum “Mood Swings”, mostrou o resultado da sua persistência, principalmente pela parceria com o Chris Brown. Como aconteceu a história desse álbum e como é vê-lo finalmente finalizado?

É definitivamente um álbum que se destaca em tudo que eu fiz. Sinto que dá pra notar uma maturidade e uma evolução em cada disco, mas esse é diferente. Esse álbum foi como uma terapia, como um modo de desabafar coisas que nunca tinha falado abertamente em modo de canção e estou feliz das pessoas estarem se conectando tanto.

A música em questão que o reuniu com Chris foi “Do You Mind”, que com apenas 1 mês de lançamento, levou mais de 567 mil pessoas a ouvirem ela no YouTube. Qual é o significado desse lançamento na sua carreira e quais foram os caminhos que o levaram até esse single? Durante muito tempo, você já tinha tentado por essa parceria, porém, Brown sempre afirmava que não seria a hora certa. Hoje, já com a música lançada, você concordaria com Chris Brown a respeito desse ter sido o momento certo e não nas suas últimas tentativas? O que fez do dia 13 de janeiro um momento certo para esse lançamento?

Eu já perturbava ele há um bom tempo para fazermos essa música, que sempre acreditei. É uma realização e um marco pra mim termos lançado ela. Eu ficava bem ansioso com essa insistência dela que não era o tempo. Eu concordo demais agora. Muitos artistas fazem músicas com outros artistas muito mais famosos e ficam na sombra dessa participação. E sinto que demoramos um tempo para que eu consolidasse um pouco o meu nome, que as pessoas reconhecessem que existe o Vedo e que aquela não era só uma música do Chris Brown. Eu respeito demais hoje essa postura dele pois ele poderia ter só aceitado antes para eu parar de perturbar ele. (risos)

Fora “Do You Mind”, vocês já tiveram outros singles juntos, tais como “Warm Embrace”, “Heartbreak on a Full Moon” e “Indigo”. Nesse caso, como foi o começo da parceria entre vocês e como geralmente acontece essa troca artística entre vocês dois, que já são nomes consagrados no cenário musical? Em relação às outras músicas que vocês já lançaram, qual o diferencial que esse novo lançamento poderia estar contrastando com as outras?

Ele é uma inspiração dentro do meio do R&B e é muito gratificante ter ele e outros caras que me inspiraram, como o Usher, como parceiros. Todas as vezes que colaboramos tinha aquela sensação de um artista maior levando um menor. Nessa eu tive a sensação de estarmos lado-a-lado e isso me motiva até a seguir fazendo coisas novas e diferentes.

Além da parceria com Chris Brown, outro grande cantor que já trabalhou com você é o Usher, onde você assinou como “Don’t Waste My Time” ft. Ella Mai, e até mesmo hits de k-pop, como “Going Crazy” do EXO. Ambos os artistas têm estilos diferentes, e inclusive o k-pop, que originário da Coreia do Sul, se tornou uma febre no mundo. Dessa experiência toda que você reuniu na carreira, como é estar tendo esse contato multicultural no seu dia a dia?

Eu sinto que a cultura do kpop é algo incrível. Eu sempre me impressiono. É tipo R&B e hip hop com esteroides. Sempre que trabalho com k-pop sinto que é difícil depois eu voltar para compor algo mais “simples”. Só pra ter uma ideia, eu precisei fazer um arranjo vocal para nove vozes. Isso mudou muito o meu modo de pensar e parece que desbloqueou uma habilidade na minha mente, sabe? 

Outro grande acontecimento que rendeu destaque na sua caminhada, foi a indicação ao Grammy pela faixa “Warm Embrace”, também uma parceria com Brown e que foi para o seu álbum “Breezy”. Como foi o momento em que recebeu essa indicação e o que é carregar essa honra dentro de sua vida, tanto profissional como de uma experiência pessoal?

Foi algo que me surpreendeu. Essa música eu escrevi alguns anos atras e achei que a música era incrível. O tempo passou e eu continuei achando a música ótima, foi quando ofereci para o Chris Brown que elevou a música nesse patamar de Grammy. É algo que sempre serei grato.

Além de trabalhar como cantor, você também tem experiência com composição, acumulando centenas de milhões de streams em suas faixas, onde só no Spotify, você já bate 2,6 milhões de ouvintes mensais. Em sua opinião, qual é o elemento essencial que não pode faltar numa boa música?

É o modo de você se incluir na música. Você pode ouvir a música e conseguir colocar a sua história ali. Eu ouvi uma vez uma pessoa falando que, se você não é um traficante, você não vai se relacionar com uma música sobre drogas. Relações humanas, corações partidos e desilusões são parte da vida de todos. É uma experiência universal e nos conecta profundamente. Sinto que é isso que faz as pessoas se relacionarem com minhas músicas.

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