Cachê de Gusttavo Lima com dinheiro público: Relembre as polêmicas envolvendo o cantor

Eduardo Oinegue critica pagamento milionário a Gusttavo Lima por show em cidade afetada pela seca, levantando questões sobre o uso de recursos públicos

Publicado em 19/02/2024 04:51
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Resumo: A contratação do cantor Gusttavo Lima, com um cachê de R$ 1,3 milhão pago pela prefeitura de Campo Alegre de Lourdes, gerou controvérsia. O município, de 30 mil habitantes e em estado de emergência devido à seca, destinou uma quantia que supera em três vezes o orçamento local de Cultura para o evento. Eduardo Oinegue, âncora do ‘Jornal da Band’, expressou indignação, questionando tanto a decisão da prefeitura quanto a postura do artista em aceitar o pagamento com recursos públicos.

Campo Alegre de Lourdes, uma pequena cidade baiana, decidiu investir uma soma significativa de seu orçamento em um show do cantor sertanejo Gusttavo Lima. O pagamento de R$ 1,3 milhão, conforme reportado pela Band, representa um valor três vezes maior que o orçamento de Cultura da localidade. A prefeitura justifica a ação como uma estratégia para atrair turistas e dinamizar a economia local, mesmo estando em uma situação crítica devido à seca.

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Eduardo Oinegue, destacou a irresponsabilidade da gestão municipal em “torrar” recursos em um momento de emergência, mas também colocou em cheque a ética do cantor em aceitar o cachê. “O prefeito da cidade, do PC do B, tem que ser criticado, está torrando um dinheiro que não tem,” comentou o âncora, que também questionou: “Mas cadê a responsabilidade do Gusttavo Lima? É ‘recebeu, cantou’? Não interessa saber quem está pagando e a que custo esse dinheiro vai entrar na sua conta?”

Não é a primeira vez que Gusttavo Lima se encontra no centro de uma polêmica relacionada a cachês financiados por verbas públicas. Em maio de 2022, um show previsto para acontecer em Conceição do Mato Dentro, com cachê de R$ 1,2 milhão, foi cancelado após intervenção do Ministério Público de Minas Gerais. Diante das críticas, o artista defendeu-se em uma live, afirmando nunca ter se beneficiado indevidamente de dinheiro público e destacando a importância dos shows municipais para a valorização da arte.

A questão central dessa polêmica não reside na legalidade da contratação, mas na moralidade e na adequação do uso de recursos públicos para financiar eventos de grande escala em contextos de vulnerabilidade social. A repetição de casos semelhantes sugere a necessidade de uma reflexão mais profunda por parte dos artistas sobre a origem dos recursos de seus cachês e as implicações éticas envolvidas.

O debate em torno do cachê de Gusttavo Lima com dinheiro público em Campo Alegre de Lourdes é um reflexo de questões mais amplas sobre responsabilidade fiscal, ética na gestão de recursos e o papel da cultura em contextos de crise. Enquanto artistas têm o direito de estabelecer o valor de seu trabalho, a seleção de prioridades por gestões municipais e a conscientização sobre o impacto de tais decisões tornam-se essenciais para o equilíbrio entre desenvolvimento cultural e atenção às necessidades básicas da população.

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