Sertanejos são acusados de pagar fãs para ouvirem músicas; filha de Silvio Santos é envolvida em escândalo

Gravadoras e produtores recorrem a estratégias questionáveis para impulsionar artistas sertanejos em plataformas como Spotify, desafiando a suposta imparcialidade dos rankings

Publicado em 18/02/2024 13:36
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Enquanto décadas atrás o sucesso musical era medido pelas listas de mais tocadas nas rádios, hoje o cenário mudou drasticamente com a ascensão dos streamings. Plataformas como o Spotify se tornaram o novo palco para artistas em busca de reconhecimento e popularidade. No entanto, por trás dos algoritmos e das métricas aparentemente neutras, surgem estratégias obscuras utilizadas por gravadoras, produtores e artistas sertanejos para manipular os rankings e impulsionar determinadas músicas e artistas.

Recentemente, durante o período do carnaval, enquanto parcerias como as de Ivete Sangalo e Ludmilla, com “Macetando”, e de Parangolé e Léo Santana, com “Perna Bamba”, dominavam as paradas, uma ascensão meteórica chamou a atenção. A dupla sertaneja Clayton e Romário subiu incríveis 58 posições em um único dia no ranking de mais escutadas com a música “Morena”. Esse rápido avanço despertou suspeitas sobre a manipulação dos rankings, segundo o site Diário do Centro do Mundo.

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As denúncias ganharam força nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), onde usuários expuseram aplicativos que pagam ouvintes para impulsionar reproduções de músicas apenas de artistas sertanejos. Um exemplo é a produtora Astro Music, associada ao aplicativo Astro Play, que promove recompensas aos usuários pelo número de reproduções de músicas de artistas da gravadora no Spotify.

Entre eles está a dupla Gustavo Moura e Rafael, que ainda não tem grande expressividade entre os maiores da indústria atual. Gustavo, integrante da dupla, é namorado de Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos, contratada como embaixadora da plataforma e que faz propagandas para o aplicativo impulsionador de músicas sertanejas.

Essa prática levanta questionamentos sobre a manipulação dos gostos do público e a influência das gravadoras na promoção de determinados gêneros musicais, como o sertanejo. Alguns apontam o surgimento do chamado “agrojejo” como uma estratégia de soft power, semelhante ao uso da indústria do entretenimento pelos Estados Unidos para moldar sua imagem global.

Ana Castela se consagra como a artista sertaneja mais ouvida do Spotify em 2023 (Foto: Reprodução/Instagram)

No final do ano passado, o Spotify liberou a sua tradicional retrospectiva de 2023, onde elege os artistas, músicas e álbuns mais ouvidos deste ano. Como já vínhamos prevendo e noticiando no Movimento Country, Ana Castela foi coroada a cantora sertaneja mais ouvida do ano na plataforma.

Com uma sequência única de hits, a “Boiadeira” superou nomes como Gusttavo Lima e Marília Mendonça (que foi a mais ouvida do ano na Deezer) e conquistou a primeira posição não só do sertanejo, mas da música brasileira em geral. Veja o ranking:

Artistas mais escutados do Spotify em 2023

Entre as músicas mais tocadas, Ana Castela se faz presente novamente na primeira posição, ainda ocupando mais dois lugares no top 10. Uma curiosidade interessante é que todas as 5 primeiras posições deste ranking do Spotify são ocupadas por mulheres, como intérpretes principais ou parcerias, mostrando assim a força do feminejo na atualidade.

Além da cantora sertaneja, Israel e Rodolffo também se destacam com duas músicas no top 10, assim como Mari Fernandez, uma das artistas mais relevantes do cenário nordestino e forró. Veja a lista final:

Músicas mais ouvidas do Spotify em 2023

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