Frustrado, Whindersson Nunes desabafa sobre o YouTube: ‘não funciona mais para mim’

Em um desabafo, o influenciador Whindersson Nunes revelou que sua relação com o YouTube pode estar desgastada. Saiba os motivos.

Publicado em 21/06/2023 16:03
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Plataformas como o YouTube, TikTok e Twitch TV transformaram a indústria do entretenimento por completo: com mais de 2 bilhões de usuários totais e maior parte da retenção de telespectadores da geração Z, os serviços de streaming de vídeo modificaram o tipo de conteúdo que é produzido, consumido e monetizado no Brasil e no mundo. 

Tamanho sucesso também se reflete no aparecimento de personalidades e influenciadores que tiveram sua ascensão graças às redes. No Brasil, o comediante, ator e lutador Whindersson Nunes representa um dos maiores exemplos de sucesso no YouTube – no entanto, em um desabafo no Twitter, Whindersson revela que sua relação com a plataforma pode estar desgastada. Confira. 

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A carreira de Whindersson Nunes no YouTube

Atualmente extremamente bem-sucedido, o YouTuber Whindersson Nunes enfrentou dificuldades em seu início de carreira com conteúdo criado para o YouTube. Aos quinze anos, iniciou a gravação de vídeos para seu canal mas não conquistou muito sucesso ou alcance com o público, em especial pela falta de experiência com o algoritmo da plataforma. Foi apenas após um hiato em sua produção e com o lançamento de sua paródia musical “Alô Vó, Fui Reprovado” que o piauiense explodiu no YouTube recebendo mais de cinco milhões de visualizações em apenas uma semana.

Sua combinação de dom humorístico, carisma, facilidade para contar e criar histórias e oratória resultaram em uma carreira digital cada vez maior. O humorista precisou enfrentar diversos desafios durante sua trajetória – seu canal original foi hackeado e excluído, obrigando-o a recomeçar com uma nova conta, e após um período sem ter onde morar, o YouTuber passou a dividir casa com o colega de profissão Bob Nunes. 

Após as dificuldades iniciais, o talento e exposição de Whindersson rapidamente resultaram em grandes conquistas: o YouTuber se tornou um dos mais seguidos no Brasil, com mais de 40 milhões de assinantes, estreou com sucesso diversos programas de comédia stand-up, dublou filmes como A Era do Gelo: Big Bang, participou em programas de televisão e filmes no cinema, e lançou singles musicais. Além disso, em 2022, surpreendeu o público com participações no boxing profissional – enfrentando Acelino “Popó” Freitas. 

Problemas com o algoritmo e retorno do investimento

Apesar do inegável sucesso e faturamento com o YouTube, Whindersson faz parte do grupo crescente de influenciadores digitais que tece críticas à plataforma e seus algoritmos. Nesta segunda-feira, dia 19 de Junho, Nunes lançou uma série de desabafos em seu perfil no Twitter criticando a plataforma e comentando sobre propostas de concorrentes do streaming.

“O YouTube não funciona mais pra mim. Os vídeos de divulgação do vídeo no YouTube batem mais que os vídeos lá, eu fiz um filme, literalmente, e não hypa. Tinha projetos pra mais 3 filmes de graça pra lá, mas vou cancelar e vender pra algum stream mesmo” comentou Nunes sobre o número pequeno de visualizações que seus vídeos recebem no YouTube, em comparação ao seu total de seguidores e influência. 

Ainda sobre o tema, Whindersson revela que investiu mais de um milhão de reais na produção de Gota D’água e que havia recebido proposta no valor de dez milhões de reais pelo direito de exclusividade da exibição em uma plataforma de streaming online, no entanto, recusou por acreditar que o YouTube valorizaria a produção – algo que não se concretizou: “Eu posto uma piada do filme no insta, bate 10 milhões de views, e o filme nem mexe” protestou o humorista.

Desafios da produção de conteúdo digital

O caso de Whindersson Nunes não é uma novidade na esfera da produção de conteúdo digital para plataformas de streaming, YouTubers renomados frequentemente levantam críticas às limitações da rede de vídeos, a falta de transparência sobre seus algoritmos e, principalmente, a aparente dificuldade em recomendar novos lançamentos aos seguidores. Para muitos, a solução é focar em plataformas mais modernas e ágeis como o TikTok e Instagram e buscar converter a audiência do YouTube em seguidores em diversas redes sociais. 

O ano de 2023 marcou uma série de dificuldades para os influenciadores digitais que podem pautar o futuro dessa profissão cada vez mais relevante: a criação de imagens e áudios falsos, conhecidos como deepfake, já chegou a prejudicar a reputação de personalidades famosas, como explica a ExpressVPN. Há também a disseminação de vírus com o intuito de hackear e roubar canais do YouTube, e há alguns meses, polêmicas e cancelamentos em função dos patrocinadores de grandes canais levantaram debate na web – como é o caso do sistema de apostas Blaze e o influenciador Felipe Neto.

Para especialistas, a relação entre os poderosos algoritmos das redes sociais dominantes e os criadores de conteúdo ainda tenderá a piorar por alguns anos – a tentativa de maximizar o lucro pode não se alinhar aos interesses dos criadores de conteúdo. Por isso, espera-se que acordos de exclusividade com serviços como a Netflix ou Amazon Prime se tornem mais frequentes, e fãs são instruídos a acompanhar suas personalidades favoritas em múltiplas redes sociais para garantir que não estão perdendo algum lançamento. 

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