Você sabe como ocorre o câncer de pele no couro cabeludo; médica explica

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, foi celebrado em 8 de abril, a Dra. Manu Recoder, médica especialista em tricologia e fundadora do Instituto Marioto Recoder alerta para a importância da proteção do couro cabeludo contra o sol, já que essa área também está sujeita ao desenvolvimento de câncer de pele.

Embora os cabelos ofereçam certa proteção natural, a exposição excessiva ao sol sem os cuidados adequados pode colocar o couro cabeludo em risco. “Pessoas com menos cabelos ou fios mais finos, assim como calvos e carecas, devem ter atenção redobrada, pois a pele do couro cabeludo é mais delicada e propensa a queimaduras e câncer”, explica a Dra. Manu.

O uso de protetor solar com FPS de no mínimo 30, aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, é fundamental para proteger o couro cabeludo. “Opte por protetores fluidos, mais fáceis de espalhar, e dê preferência a chapéus ou bonés com abas largas, que fornecem uma barreira física contra os raios UV”, orienta a criadora do curso de tricoscopia.

Fique atento a qualquer alteração no couro cabeludo, como manchas, feridas que não cicatrizam, pintas que mudam de cor ou tamanho, ou lesões com crostas e sangramento constante. “Esses sinais podem indicar câncer de pele, e o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento”, alerta a Dra. Manu Recoder.

Regra do ABCDE:

Para facilitar a identificação de sinais suspeitos, siga a regra do ABCDE:

Assimetria: uma das metades da lesão não é igual à outra;
Bordas: irregulares, mal definidas ou com saliências;
Cor: variada, com tons de preto, marrom, vermelho ou azul;
Diâmetro: maior que 6 milímetros;
Evolução: crescimento, mudança de cor ou forma ao longo do tempo.
Procure um especialista imediatamente se notar qualquer um desses sinais.

Evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nos horários de pico (entre 10h e 16h);
Usar protetor solar com FPS de no mínimo 30 e reaplicá-lo a cada duas horas;
Usar chapéus ou bonés com abas largas;
Autoexaminar o couro cabeludo regularmente e buscar ajuda profissional em caso de qualquer alteração suspeita.

Em seu curso, Dra Manu Recoder ministra aulas para tricologistas e terapeutas capilares em busca de uma atualização em suas práticas. “Com o Método de Aprendizado Eficaz (MAE), os participantes aprenderão a avaliar todos os achados tricoscópicos de forma segura e assertiva”, destaca a especialista.

“O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura do câncer de pele no couro cabeludo”, finaliza a Dra. Manu.