Críticos e público detonam nova série com filha de Johnny Depp

Os personagens centrais são vividos por Lilly-Rose Depp e o cantor Abel “The Weekend” Tesfaye

Publicado em 13/06/2023 13:00
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Agora que o público teve a chance de assistir e julgar os primeiros capítulos da série The Idol, exibida no canal HBO Max, o veredito saiu e a produção está sendo condenada pela má qualidade da estória, acusada de ser uma exploração barata da mulher.

Masturbação, estrangulamento, esperma na cara. O que se vê na tela não é nenhuma homenagem às mulheres, muito pelo contrário, reagem os críticos e o público.

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A série The Idol exibida no canal HBO Max consegue unir críticos e o público nas reações negativas. Os personagens centrais são vividos pela filha do ator Johnny Depp, Lilly-Rose Depp, e o cantor/ator Abel “The Weeknd” Tesfaye. Ela é uma estrela da música pop, claramente baseada na cantora Britney Spears. Ele é um sujeito de comportamento repugnante, dono de um clube noturno.

O site americano Rotten Tomatoes (Tomates Podres) avalia a série como um tomate podre, com apenas 27% de aprovação dos críticos. O público concorda com a opinião dos jornalistas, dando à série 58% de aprovação.

Um filme é aprovado e considerado um tomate fresco quando recebe um mínimo de 60% de aprovação dos críticos e do público.

Uma nota de menos de 59% é considerada um tomate podre ou uma produção de péssima qualidade. Com relação ao público, um filme precisa que pelo menos 60% da audiência, dê uma avaliação de 3.5 estrelas de um total de 5 estrelas , para receber a classificação de tomate fresco, o que representa boa qualidade. Cerca de 3 mil críticos participam do site. Com relação aos fãs, o site recebe cerca de 30 milhões de visitantes únicos por mes.

Segundo a crítica, a série pretende ser uma fantasia erótica envolta em uma sátira contundente, mas o resultado é fraco. Em vez de uma crítica sobre a exploração na indústria da música, a produção acaba sendo também mais uma exploração.

Os críticos também são duros com a atriz, dizendo que ela lembra muito o pai talentoso, mas não tem um pingo do talento e do carisma do astro. Lilly-Rose vive Jocelyn, uma cantora pop inspirada na diva pop Britney Spears, conforme a própria atriz, admitiu em entrevistas promovendo a série. Ela canta musiquinhas água com açúcar e vive cercada por um bando de homens com cifrões nos olhos. Além disso, a mãe dela morreu, a turnê foi cancelada por causa dos dramas pessoais da estrela. Ela fuma sem parar e vive chorando pelos cantos.

Uma noite, em busca de companhia, ela acaba num bar. Lá, ela conhece e acaba ficando com o dono, vivido pelo cantor/ator Abel “The Weeend” Tesfaye, um sujeito que, claramente, não é nenhum príncipe num cavalo branco. No meio de uma pista de dança cheia, ele diz para a menina “vamos botar pra fu…r”.

O casal dá uns amassos na escada do clube, antes de se apresentarem na casa dela. Lá, os dois acabam se deixando levar mais uma vez pelos seus impulsos sexuais, mas desta vez usando uma faca e com a menina acabando quase estrangulada. Vemos também cenas de masturbação e num momento até esperma na rosto da moça. Tudo isto acontece e a protagonista ainda não percebe os sinais de que alguma coisa está errada, muito errada com este romance entre aspas.

Depp explica que a nudez da personagem pode ser interpretada como uma metáfora da sua mente nua. O criador da série, Sam Levinson, é também o roteirista da série adolescente Euphoria. Com relação às críticas de que o programa explora a sexualidade feminina, ele responde que “vivemos em um mundo muito sexualizado, especialmente nos Estados Unidos. Além disso, a influência da pornografia é forte e está presente na cabeça dos jovens”.

Jânio C.V.Nazareth é jornalista em Los Angeles, cobrindo Hollywood

@JânioNazareth

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