Superação

Psicóloga fala sobre Bia Miranda de A Fazenda

Publicado em 14/10/2022 11:07
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Participante de “A Fazenda” e atualmente a fazendeira dessa semana, a jovem Bia Miranda que chegou tímida e totalmente despreparada para enfrentar os conflitos dentro do confinamento, surpreendeu o público, falando “ao vivo” sobre abusos na infância, o relacionamento conflituoso com a mãe, e as dificuldades na sobrevivência que refletem diretamente na vida adulta.

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Aos poucos, a jovem peoa tem buscado forças para se manter no jogo e caiu no gosto do telespectador: prova disso é o crescimento de seus seguidores nas redes sociais que ultrapassam 1,1 milhão em tempo recorde e a sua influência na eliminação de concorrentes fortes como Tati Zaqui que tem 13,5 milhões de seguidores e Ingrid Ohara que tem 11,1 milhões de seguidores. Aos poucos, Bia está se tornando uma das favoritas a chegar ao final do jogo.

Longe do jogo, conversamos com a psicóloga Andrea Puglisi, especialista em relações humanas e com mais de 30 anos de experiência que nos explicou detalhadamente como situações vividas na infância podem refletir diretamente na vida adulta.

Vejam o que diz a especialista:

As vivências da primeira infância com os pais, são decisivas para o desenvolvimento da formação psíquica. O ambiente familiar e as relações dos pais com os filhos são de extrema importância para a formação da personalidade. Nessa fase ela experimentará os afetos que no futuro aparecerão em suas relações externas.

A criança depende do amor e afeto dos pais (ou responsáveis) para se desenvolver saudavelmente, e se ela se depara sem a convivência de um deles, há grande possibilidade de se sentir perdida. Somente com o apoio, intervenção e amor dos pais, a criança pode se tornar um adulto capaz de cumprir com suas obrigações de forma saudável.

O abandono afetivo é considerado a negligência de suportes emocionais e afetivos necessários ao desenvolvimento infantil por parte dos pais. Pode causar impactos a longo prazo na vida da criança e/ou do adolescente. No abandono, geralmente os laços familiares tendem ser superficiais e sem muitas conexões familiares.

Afinal, a criança e/ou adolescente não pode oferecer um relacionamento saudável e cheio de amor ao outro (pais) se ela mesma desconhece o que é isso.
A prevenção de traumas futuros dependerá do acolhimento que a criança e/ou adolescente receberá após o abandono parental, que pode ser feito através de um cuidador, ou de outra figura mais próxima. 

No consultório essa é uma queixa muito comum. Crianças rejeitadas pelos pais não possuem o discernimento para informar, o que estão sentindo, e com isso, apresentam muitas vezes desvios de comportamento, como a timidez ou a agressividade de forma excessiva.

Quanto mais nova a criança for abandonada ou rejeitada pelos pais, maior o efeito negativo no futuro ao se tornar adulta. Se já tiver numa fase da adolescência ou adulta, o mais comum é recorrer a amigos de confiança para compartilharem seus sentimentos e consequentemente amenizar os impactos de suas emoções.

Algumas marcas permanecem para sempre e podem se tornar grandes feridas na vida adulta.

Ao começarmos a desenvolver nossa identidade na infância temos duas possibilidades: a nos sentirmos acolhidos/amados ou rejeitados e com isso há grande possibilidade de nos acharmos desvalorizados, o que acarretará grandes consequências emocionais.

Uma sequência de vivências negativas durante a infância e/ou adolescência (abandono, abusos e/ou mal tratos) pode desencadear transtornos mentais em outras fases da vida.

Trago aqui, alguns exemplos de dificuldades emocionais que podem ser vivenciadas na infância e/ou na adolescência: 

Ausência de amor-próprio
Desconfiança exagerada
Dificuldade para demonstrar afeto
Carência excessiva
Depressão
Ansiedade
Apresentar humor volátil

Em paralelo à criança e/ou adolescente que sofre um abuso, ela também poderá enfrentar a consequência de não encontrar proteção por parte dos pais e a vítima pode se tornar uma ameaça para ela.

Nesses casos, o mais recomendável é recorrer a um profissional da saúde, como por exemplo, um psicólogo, que é o profissional mais indicado por ter uma escuta especializada e a criança, adolescente ou adulto, encontrarão um ambiente seguro para se expressar e buscar acolhimento, devido às suas habilidades, técnicas desenvolvidas e diferenciadas por meio científicos e se necessário juntamente com um acompanhamento psiquiátrico.

Andrea Puglisi

Andrea Puglisi
Psicóloga CRP 06/47071

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