Jefferson Schroeder fala do sucesso na carreira e gratidão por Fabio Porchat: “Ele é minha referência”

Publicado em 08/10/2020 10:01
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Foto: Fabio Audi / Divulgação

Vocês conseguem acreditar que uma criança mal começou a falar e já imitava as pessoas próximas a ela? Pois acreditem, o ator Jefferson Schroeder (33), me contou que as primeiras pessoas que começou a imitar, eram as que trabalhavam na sua casa e também uma bibliotecária da faculdade de sua mãe.

Conhecido pela versatilidade em criar vozes distintas para seus personagens, Schroeder não sabe dizer ao certo quantas vozes ele já criou: “Eu não tenho a noção de quantas vozes eu tenho em mim, porque a partir de uma voz você pode variar, dá pra fazer mais uma, mais três ou infinitas. Vou mudando o sotaque, o lugar de por a língua, a personalidade, o tempo, o ritmo, porque sinto que fazer vozes não é só mudar a voz, é alterar várias dessas características. Pra criar vozes, você pode criar personalidades.”

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Fabio Porchat, Jefferson Schroeder e Ingrid Guimarães
Foto: Reprodução Instagram

O ator viu sua carreira mudar radicalmente  em 2018, após um vídeo com um trecho do making of de sua primeira participação no Porta dos Fundos circular nas redes sociais. Nele, Jefferson imita a personagem Kate, do impagável bordão “Oh, meu Deus”  (#ohmeudeux), uma dubladora libidinosa e sem cerimônias para falar de tragédias. E, claro, Kate, é sua personagem preferida.

Kate
Foto: Reprodução Instagram

Catarinense de Canoinhas, ele vem batalhando há mais de uma década no humor e naquele ano de 2018, alguns meses antes do vídeo viralizar, foi destaque na segunda edição do Prêmio do Humor, vencendo nas categorias de melhor peça, texto e performance, pelo monólogo “A Produtora e a Gaivota”, que desenvolveu inspirado na obra de Anton Chekhov.

Questionei Jefferson se ele sentiu vontade de desistir da carreira quando foi eliminado na segunda fase do quadro “Quem Chega lá?” do Domingão do Faustão, em 2010:  “Foi uma loucura para mim, na verdade eu estava entrando no Zorra Total, ao mesmo tempo que eu estava indo fazer essas aparições, eu nunca tinha feito stand up, e eu fui no ao vivo, foi desesperador, eu fiquei muito nervoso, eu não pensei em desistir da profissão, mas eu nunca mais fiz stand up depois de lá. Foi um dia triste para mim.”

Fabio Porchat, Jefferson Schroeder e Celina Sodré
Foto: Reprodução Instagram

Quando falamos em Fabio Porchat, o sentimento de gratidão é  muito evidente
em Jefferson, que não mede elogios ao amigo: “O Fábio para mim é uma referência de artista, ele faz muitas coisas e quero fazer também, quero dirigir, escrever e atuar. Ele também é uma referência de postura, eu vejo  como alguém muito educado, gentil, um que ajuda muito as pessoas. Ele me indicou para várias trabalhos, estivemos juntos no Porta dos Fundos, e essa relação começou há anos, quando eu liguei para ele perguntando se  queria conhecer os meus personagens, e ele aceitou.”

Atualmente, Jeff está divertindo seus seguidores no seu Instagram @schjefferson inclusive esta colunista, fazendo as vozes dos bichinhos. É muita fofura envolvida. Ele conta que a ideia surgiu depois de assistir a alguns vídeos no Instagram do Padre Fábio de Melo. “Estou fazendo a novela da girafa Nani. O vídeo em que ela chega no berçário conhecendo a Duda, viralizou, são milhões de visualizações no Tik Tok , eu fico impressionado com os números. Meu Instagram é feito de temporadas, já contei histórias, outra época imitei Discovery , e também os alienígenas, hoje estou na temporada dos bichinhos.” Com tanto sucesso, Schroeder já pensa em fazer algo para o público infantil, pode ser no teatro, na internet ou na TV. “É um sonho trabalhar com crianças”, revela o humorista.

Cida Lamonier, Programa “Se Joga”
Foto: Victor Pollak / Divulgação TV Globo

No ano passado, o ator recebeu um convite da TV Globo para integrar o time do Programa ‘Se Joga’, quando criou com a equipe do programa a fofoqueira, divertida e carismática, Cida Lamonier. E Jefferson já está com saudades da personagem: “A inspiração da Cida vem de uma mulher que trabalhava na casa da minha avó e também na Marlene, uma personagem que criei para fazer um quadro no Porta dos Fundos. Eu pedi que a Cida fosse toda rosa, com cabelo vermelho e a nossa equipe de caracterização era muito competente. O nome Cida Lamonier foi uma criação em conjunto, eu e o Leandro Soares, redator do meu quadro, pensamos em alguns nomes, sugeri Cida e nós dois gostamos, e depois os roteiristas escolheram Lamonier, para fazer uma brincadeira estilo Márcia Goldschmidt, um nome popular com um sobrenome chique. Eu sinto muita saudade dela, era desafiador fazer o programa ao vivo, com texto e roteiro.”

Livro “O Ponto – Pedaços de Jefferson Schroeder”

Além de ator, Jefferson  também é escritor, escreveu o livro “O Ponto – Pedaços de Jefferson Schroeder”, de crônicas pela editora Letramento, um grande sucesso de vendas na Amazon.

Como todo artista, Schroeder teve momentos de altos e baixos na carreira e hoje já  reconhecido pelo público faz uma análise da sua trajetória: ” Eu até me emociono, pois desde criança eu tinha certeza que iria trabalhar como ator e que conseguiria viver disso. Em alguns momentos na minha carreira, fiquei na dúvida se eu estava certo, se o meu sonho era legítimo dentro de mim, eu apostei em mim, eu escrevi meu monólogo que foi o que abriu as portas, me fez ganhar o Prêmio de Humor e gravar para o Porta dos Fundos.”

E para finalizar, fica essa frase maravilhosa que o talentoso Jefferson Schroeder deixa para todos nós: “Se você tem um sonho, ele é uma pista do teu destino.”

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O conteúdo publicado nesta coluna é de inteira responsabilidade do colunista e não reflete necessariamente a opinião do Observatório dos Famosos, que também não responde por quaisquer atos ou consequências que decorrerem das publicações.

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