Nos últimos dias muito se falou sobre o preconceito com os diferentes sotaques, isso porque a cantora Karol Conká, participante do reality show Big Brother Brasil, criticou a nordestina Juliette por conta de seu sotaque forte.
O professor Pablo Jamilk, natural de Cascavel no Paraná, entrou na polêmica para explicar se é errado a forma como algumas palavras são pronunciadas nos mais diferentes sotaques que temos no Brasil.
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Primeiramente Pablo, explica que o sotaque é uma forma particular de realização de determinados sons, essa forma particular é construída por uma série de fatores; a região onde a pessoa nasceu ou mora, o grupo social a que pertence, classe social e também a idade.
Existem diversas distinções de sotaques ao redor do mundo, como por exemplo na língua inglesa, temos uma diferença enorme entre o inglês britânico e o norte americano, ou até mesmo da língua espanhola falada na Espanha para o espanhol da Argentina, por exemplo.
Essas formas distintas são muito comuns, e às vezes contribuem até para a existência de novos dialetos.
O sotaque não é uma forma incorreta de fala, porque não podemos pensar em um sotaque padrão. NÃO EXISTE FALA PADRÃO, o que é padrão é a gramática, ou seja, o padrão existe na escrita, e não na fala, que não pode ser padronizada.
Gostar ou não de um sotaque é apenas estética, e isso não faz dele algo correto ou incorreto, pois não se pode fazer distinção de certo ou errado em relação ao sotaque.
A fala é uma instância completamente particular, um traço distintivo individual que não pode ser corrigido, pois isso seria uma prática de preconceito linguístico.
Confira o vídeo do professor falando sobre o assunto: https://youtu.be/8EKPLOz1Tp4