Revelação no sertanejo com Saudade Nível Hard, Yasmin Santos afirma: “Se a gente não sofrer por amor, a vida nem vale a pena”

Publicado em 28/09/2018 13:15
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Texto/Entrevista: Cris Veronez

Autodidata e com apenas 20 anos, Yasmin Santos atraiu a atenção de todo o Brasil desde que lançou a música Saudade Nível Hard, em junho. A canção virou hit e, de lá para cá, a cantora já lançou três EPs – o último saiu dia 21 de setembro -, todos pela Sony Music.

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A artista, que começou a cantar profissionalmente aos 17 anos, comentou cada uma das faixas do novo trabalho. “Enchendo o Copo fala sobre aquela dor de cotovelo bem profunda, sabe? Aquele relacionamento que a gente sabe que acabou e fica devastada quando vê o ex-amor com outra. Só enchendo o copo pra tentar superar”, disse.

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Promessa Quebrada, segundo ela, traz a essência de quando a gente quebra promessas que fazemos para nós mesmos. “É exatamente essa história que contamos nessa música especialmente para quem tem a carne fraca”, brincou.

A terceira faixa, para a artista, é uma das mais românticas. “Se Quiser Melhorar é sobre um relacionamento que deu uma esfriada, algo que acho que já aconteceu com todo mundo em algum momento da vida. Aí não tem amor que dure. O rapaz tomou um passa fora e ainda ganhou de brinde um conselho de amigo para os próximos relacionamentos”, conta
Yasmin.

Em breve, a cantora vai lançar um CD com duas composições próprias e também um DVD.

Confira a entrevista:

Me fala um pouco sobre essa trilogia de EPs. As composições são suas?

Nos 3 EPs, não. Estamos vindo com um CD com 14 faixas agora no fim do ano, com duas composições minhas. Também teremos um DVD. Temos um leque de composições, mas a ideia é que elas se encaixem nos projetos. As músicas vêm nessa pegada da mulher que se vinga, da pessoa que sofre… O público curte e se identifica.

E você, já sofreu por amor?

Se a gente não sofrer por amor, a vida nem vale a pena [risos]. Acho que todo mundo já passou por isso, é comum. Coloco muito de tudo isso nos meus projetos.

Está namorando?

Não.

Houve de fato um trabalho para que Saudade Nível Hard estourasse? O sucesso dessa música te surpreendeu de alguma forma?

Quando recebi essa música, eu ainda não tinha empresário, gravadora, ninguém. Fiquei louca por ela, juntei grana e comprei, mas não tinha dinheiro para gravar. Um tempo depois, conheci duas pessoas que toparam investir e quando conheci meu empresário eu tinha a música gravada no meu celular. Ele falou que tínhamos que trabalhá-la a nível brasil, que era música chiclete, ficava na cabeça. Graças a Deus está dando mais resultado do que eu esperava.

Yasmin Santos (Foto: Caue Andruskevicius)

Como está sua agenda de shows e compromissos
agora?

A música foi lançada em junho e agora que explodiu mesmo, que
a galera está conhecendo bastante. Começamos com os shows agora em outubro. O repertório é bem para cima!

Antes de estourar com Saudade Nível Hard, como
era seu trabalho na música?

Comecei em barzinho, fazendo voz e violão. Após 3 meses, comecei em baladas na baixada santista e depois de 5 meses passei a abrir shows grandes, como Henrique e Juliano, Simone e Simaria, entre outros.

Tem muita gente que diz que você lembra a Marília
Mendonça. Já a conheceu pessoalmente?

Sim, encontrei com ela uma vez. Foi num show dela e consegui
entrar no camarim, tirar foto e tal. Foi meio rápido. Para mim é uma honra ser comparada com uma artista como ela que conquistou o Brasil inteiro. Sou muito fã.

Quais são os outros artistas que te inspiram?

Na verdade, eu comecei na MPB. A minha paixão até então era
pelo instrumento. Eu comprava aqueles livrinhos de banca e o que tinha ali eram as músicas da MPB. Aos 12, assistindo a videoaulas, comecei a me identificar com sertanejo. Naquela época o que tocava era Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano.

Você tem alguma influência do rock?

Também tinha Rock naqueles livrinhos que eu comprava. Tinha
Capital Inicial, Charlie Brown, essa galera. O que se curte no litoral de São Paulo é isso. As pessoas adoram rock nacional e MPB.

Como foi seu encontro com Roberto Carlos?

Na verdade, foi bem mais do que eu esperava esse encontro. Eu estava saindo de casa para ir a uma reunião e tocou na rádio que teria show dele em São Paulo. Quando vi que ele era da mesma gravadora que eu, perguntei se eles conseguiam alguns ingressos para mim, era o sonho da minha avó conhecê-lo. E aí eles deram a melhor mesa do evento, na primeira fileira. Meu encontro com ele após o show foi bem bacana, porque ele já sabia quem eu era. Foi uma honra. Roberto é Rei. Um ícone.

Quais são as dores e as delícias da fama?

Não existe dor quando a gente faz o que a gente gosta… E eu gosto de cantar. Acho que não sei lidar muito bem com assédio. Um dia assisti uma entrevista do Roberto Carlos que me fez pensar sobre isso. Ele disse que o que mais sentia saudade de fazer era ir na praça tomar um sorvete. Eu amo o carinho das pessoas, gosto quando me param na rua e pedem
uma foto. Mas se um dia eu perder totalmente a minha privacidade, vai me assustar um pouco. A delícia é as pessoas terem carinho por você, se identificarem com o seu trabalho, entenderem que você está ali no palco cantando para elas e fazendo o que você gosta.

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