Paola Carosella conta como saiu das dívidas e alcançou o sucesso

Publicado em 06/06/2017 13:28
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Conhecida nacionalmente por ser uma das juradas do MasterChef e dona de dois restaurantes, Arturito e La Guapa, Paola Carosella ministrou uma palestra nesta segunda-feira (5) no Endeavor, evento sobre empreendedorismo que acontece em São Paulo.

Durante a atração, a chefe contou a guinada que deu na vida quando tinha 40 anos. “Estava no Brasil há 12 anos, tinha uma filha de dois, um restaurante quase falido, um relacionamento definitivamente falido e estava no cheque especial. Eu cheguei à noite na minha casa, voltando do restaurante, subi até o quarto da minha filha, que estava no berço, e olhei para ela. Desci para o escritório. Era meia-noite. Eu comecei a chacoalhar a cabeça entre as mãos. Estava cansada. Chorei. Peguei duas folhas de papel e escrevi: ´hoje´ e ´daqui dois anos´. Resolvi analisar como eu queria que minha vida mudasse, olhando para aqueles pedaços de papel. Nunca tive que pensar muito antes de tomar uma decisão. Sou cozinheira, não penso – sou intuitiva. Fiquei um tempão no chão. Quando levantei, estava com quatro certezas: vou morrer algum dia, não sou feliz na vida que eu tenho, preciso fazer alguma coisa para mudar (ninguém ia mudar para mim) e eu sou cozinheira”, relembrou a estrela.

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“Eu entendi que o mais valioso da empresa era eu mesma. Eu estava cozinhando e dando valor àquele espaço. Então, eu tinha que dar valor ao meu valor. Peguei um empréstimo de R$ 2 milhões no dia seguinte. Para quem não tem nada, isso era muito! E eu era minha única garantia. Eu era meu paraquedas, não tinha mais nada. Mas eu peguei o empréstimo mesmo assim. Quando terminei de comprar o restaurante dos meus sócios, me deparei com um restaurante que tinha muito menos clientes, com 40 funcionários olhando para mim e me perguntando o que eu ia fazer. E eu fiz acontecer. Eu fiz a única que sabia fazer. Peguei a coisa do jeito que eu sei: com tudo. Eu virei um polvo dentro do restaurante. Comecei a fazer tudo que era necessário. Tive de pensar e cheguei a uma ideia quase brilhante. Um dia por semana eu iria cozinhar e, nos outros, iria tentar ser a dona do restaurante. Deixei as sextas-feiras para isso – faria o que eu quisesse na cozinha. Os executivos de sexta-feira começaram a florescer. E em uma das sextas-feiras, fiz empanadas salteñas, elas venderam muito bem. Comecei a fazer mais para ver se dava certo. Depois, descobri que aquilo era ´teste de mercado´. Para mim, estava só fazendo empanadas”, afirmou a cozinheira.

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Paola afirmou que conseguiu encontrar o sócio [Benny Goldemberg] certo e que tirou do papel o “projeto empanadas”, que resultou na abertura do segundo restaurante, o La Guapa. “Hoje, eu sou muito mais feliz do que antes. Tenho um sócio integro, honesto, inteligente e com uma nobreza daquelas difíceis de achar. Com ele, eu tenho um contrato de vida. Aprendi que sem arte e sem romance não existe negócio. Uma empresa pode ser um grupo de pessoas que querem fazer negócios. Ou um grupo de pessoas cientes de que também são parte de algo maior”, garantiu Carosella.

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