Por que produzimos tantas subcelebridades?

Publicado em 23/10/2016 17:30
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A Internet democratizou não apenas os meios de comunicação, como também tornou a fama mais acessível a todos. Foi-se a época em que para ter milhares de fãs ensandecidos e paparazzi no encalço era preciso ser uma estrela de Hollywood, um astro da TV ou um ícone da música. Hoje em dia basta criar uma conta no YouTube, “se matar” na academia, ficar com o corpo em forma, com o tanquinho pronto para ser exposto nas redes sociais (Facebook, Instagram, dentre outros), repetir a fórmula arduamente até conseguir um séquito de seguidores que idolatrem o físico do/da postulante ao posto de subcelebridade ou web celebridade e, pronto, sucesso garantido.

O negócio, diga-se de passagem, é bastante lucrativo, que o diga os youtubers Kéfera, Whindersson Nunes, entre outros, que faturam uma boa grana no canal virtual; ou mesmo os famigerados blogueiros fitness, como Gabriela Pugliesi e seus afins.

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Há exceções, onde a pessoa não ‘busca’ a fama, mas a ela é imposta, graças aos libidinosos internautas, sedentos por um corpo musculoso, mesmo que jamais vá ter acesso. Mas na era das redes sociais, o importante mesmo é stalkear.

Casos não faltam. O mais recente é o “Hipster Gato da Federal” que em menos de uma hora passou de mil seguidores no Instagram para mais de 30 mil. Tem ainda o “segurança gato do metrô de São Paulo“, a “peladona do aeroporto“, etc. Notem que essas pessoas não são reconhecidas por seus verdadeiros nomes e sim por pseudônimos.

O texto prescinde de estereótipos e generalizações. Pelo contrário, ele deve ser entendido como uma crítica à sociedade do espetáculo, termo cunhado pelo escrito Mario Vargas Llosa.

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