Em um novo documentário para a HBO, Alanis Morissette afirma que foi vítima de estupro estatuário diversas vezes quando tinha 15 anos. A idade legal para consentimento no Canadá é 16 anos.
De acordo com o jornal Washington Post, no documentário, a cantora revela que fez “anos de terapia para admitir que havia algum tipo de vitimização da minha parte”. E completa: “Eu sempre diria que estava consentindo, e então me lembrava tipo ‘Ei, você tinha 15 anos, você não pode consentir aos 15.’”
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“Agora eu fico tipo, ‘Oh sim, eles são todos pedófilos. É tudo estupro estatutário ‘”, acrescentou ela, agora com 47 anos, no documentário.
Morissette não revelou a identidade de seus supostos abusadores. “Eu contei para algumas pessoas e meio que caiu em ouvidos moucos”, contou.
As agressões sexuais teriam ocorrido no final dos anos 1980, quando ela estava gravando demos para a Geffen Records – vários anos antes de seu álbum de sucesso “Jagged Little Pill” ser lançado pela Maverick Records em 1995.
Apesar de colaborar com o premiado diretor Alison Klayman no documentário “Jagged”, Alanis Morissette está “infeliz” com o produto final e não pretende comparecer à estreia no Festival de Cinema de Toronto, de acordo com o WaPo.
Não será a primeira vez que Morissette falará sobre agressão sexual na indústria musical. Em uma entrevista de 2020 para o Sunday Times, ela sugeriu que um movimento do tipo #MeToo provavelmente abalará a indústria da música nos próximos anos. “Quase todas as mulheres na indústria da música foram agredidas, assediadas, estupradas. É onipresente – mais na música do que no cinema ”, afirmou ela.