Gloria Groove fala sobre aceitação da feminilidade: “A caixinha se abriu”

Publicado em 02/08/2019 17:53
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A drag queen Gloria Groove, capa desse mês da QUEM, falou sobre diversos assuntos durante entrevista, incluindo sua vida pessoal e profissional. Ela também revelou como foi a descoberta de Daniel Garcia, nome de batismo, para Gloria Groove.

Desde cedo, a cantora foi incentivada pela família, já que sua mãe Gina Garcia é backing vocal do Raça Negra. Aos 5 anos, Daniel cantou uma música de Mariah Carey, e até venceu o concurso para fazer parte de Balão Mágico, em 2002.

Aos 17 anos, ele se descobriu drag, e sua primeira montagem foi como Margaret, do musical Hair. “Passei a ver que isso estava me moldando como artista, que eu me sentia bem. Conseguia organizar melhor minhas ideias em um ponto de vista feminino. A caixinha se abriu quando passei a ser ‘a’ Gloria Groove”, falou. “Até então, eu era só um menino gay que cantava bem e ia ficar por isso mesmo. Não ia conseguir me expressar direito, porque eu não ia querer fingir ser hétero para ter sucesso e eu apenas negava tudo isso. Eu não sabia qual era meu holofote até saber quem era a Gloria Groove”, revelou ainda a musa, que colocou o bumbum para jogo, recentemente.

Groove ainda falou sobre como passou a aceitar seu corpo e lidar com a gordofobia no mercado. “Minha cabeça mudou depois que eu passei a ver como a feminilidade me tornava especial. Minhas inspirações sempre foram minha mãe, minhas tias, minhas primas, figuras femininas”, disse. “As pessoas costumam descreditar muito um corpo gordo, como se ele não fosse capaz de executar seu trabalho, cantar, dançar. As pessoas costumam jogar muito para o campo da saúde, como se todo mundo fosse nutricionista”, disparou ainda, na entrevista, a dona do hit ‘YoYo’, com IZA.

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