Ana Furtado sobre câncer: “Via minha filha e imaginava se ela achava que eu ia morrer”

Publicado em 06/03/2020 13:14
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Ana Furtado relembrou sua luta contra o câncer e revelou o motivo de não ter deixado de trabalhar durante seu tratamento. A apresentadora do É de Casa, ainda afirmou que tinha confiança de que não morreria dessa doença.

“É uma caminhada que não é fácil. Receber o diagnóstico de um câncer vem com tanto peso, tantos significados para a vida de qualquer um. É um baque, um susto. O câncer, em um primeiro momento, é uma grande ameaça e, para muitos, continua sendo. Então, desde o começo, me propus a ter uma aceitação positiva da doença e essa aceitação me levou a me adaptar a esses novos cenários”, relembrou ela, em entrevista ao Gshow.

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Sobre trabalhar enquanto fazia tratamento: “Poderia ter ficado em casa, minha empresa me liberou, me deixou decidir o que eu quisesse. Mas trabalhar, para mim, foi tão importante no sentido de que eu não tinha só a doença como foco, além disso e da minha dedicação à cura, também queria me dedicar a algo que me traz felicidade. O trabalho me deu força para eu me sentir viva e capaz.”

“Tive dores. Passei por muitas coisas que vocês não imaginam no ao vivo, em cima do palco, mas não me arrependo. Talvez se eu não estivesse trabalhando não teria passado por todo esse processo da forma como passei, sabe? De cabeça erguida, com ânimo, me sentindo com esse poder de domínio sobre mim, sobre meus sentimentos, meu corpo. Sou capaz, eu vou e vou conseguir”, acrescentou ainda.

Medo de morrer

“Quando recebi a notícia, não tive medo de morrer! Até me surpreendi, tinha certeza absoluta de que iria me curar. Mas é uma ameaça. Tive medos: de como ia corresponder ao tratamento, como ia me sentir, como as pessoas do meu lado iam me tratar… Pensava em como segurar essa onda por mim e minha família. Depois entendi que nada acontece por acaso e deixei de perguntar ‘por que comigo?’. Passei a me perguntar ‘por que não comigo?’, aí tudo mudou. Isso não significou que não tive momentos de tristeza, tá?”

Na sequência, falou sobre sua confiança na recuperação: “Mas sempre tive certeza de que não morreria disso, e não vou! Minha profissão foi como um remédio para mim, um apoio, um suporte e vai continuar sendo.”

Família

“Às vezes, via minha filha cabisbaixa e ficava imaginando se ela estava preocupada comigo, achando que eu fosse morrer… São coisas que te balançam, mas em nenhum momento deixei que isso me desestruturasse. Vivi vários processos da doença.”

“É tudo… Alicerce, referência, gratidão, acolhimento, ensinamento, colo, força… O que tenho de mais especial não é fama, coisas materiais, é minha família, porque posso perder isso tudo, mas eles vão estar sempre lá. É minha maior riqueza”, afirmou Ana.

Por fim, ela falou sobre seu casamento com Boninho: “Sou casada com um homem extraordinário há 24 anos. Foi um encontro muito especial e que o trabalho me deu. Nos conhecemos quando eu apresentava o ‘Ponto a Ponto’ (1996) aos domingos. Olha quantas coisas maravilhosas construí e conquistei. Minha família é uma delas e meu casamento também. Conhecer meu marido foi um dos maiores presentes que tive na vida.”

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