Adolescência em crise: Especialista em comportamento, Rafael Lopes, fala sobre os impactos da falta de confiança para além da juventude

Um a cada dez jovens no Brasil é vítima de bullying, e para especialista, essas violências podem desestabilizar e provocar traumas para toda a vida

Publicado em 09/12/2020 16:37
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A adolescência não é um período fácil. A junção de hormônios, as novas descobertas e a necessidade de sermos aceitos em grupos sociais são alguns dos desafios que todos nós, um dia, precisamos passar. Para muitos, a fase é considerada a melhor da vida, já para outros, um pesadelo capaz de desestabilizar a confiança e provocar traumas para toda a vida. Então, como superar a fase com menor impacto possível? 

“Costumo dar duas dicas: procurar ajuda de psicólogos e conhecer suas habilidades sociais”, orienta o consultor Rafael Lopes, especialista em comportamento social e relacionamentos. “Uma coisa é certa: todas as pessoas fazem julgamentos, isso é normal! Cabe a nós aceitarmos como somos, usarmos as coisas que gostamos e vivermos como nos sentimos bem. Esse é o pontapé inicial para nossa autoconfiança”, ressalta.

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De acordo com um relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de  2015,  no Brasil, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas.  Para o especialista, algumas das violências praticadas no bullying podem impactar inclusive, na vida profissional da vítima, quando adulta.

“Somos seres sociáveis, emocionais e contamos muito com nossas experiências do passado para nos projetarmos no futuro. Quando um jovem sofre bullying na escola, na faculdade, e isso o deixa desconfortável para interagir com as pessoas, na fase adulta ele pode ter problemas no ambiente de trabalho, como dificuldades para se relacionar com os colegas ou se destacar em uma reunião, por exemplo”, detalha.

O especialista, que é conhecido na internet como Nerd Sedutor e fez uma 2020 uma palestra para mais de 16 mil pessoas no evento solidário Arrasta pra Cima, no Allianz Parque, destaca também a importância da popularidade para a construção da autoestima. “Existe a popularidade negativa, que é aquela que precisa diminuir os outros para se elevar, que humilha ao invés de somar e não que faz bem algum. E existe a popularidade positiva, que é aquela que é sociável, que se preocupa em fazer o bem. Essa última precisa ser trabalhada, inclusive pelos pais e professores. Quanto antes o jovem desenvolver suas habilidades sociais, melhor será sua fase adulta” finaliza.

*Rafael Lopes, o Nerd Sedutor, está disponível para falar sobre o assunto e abordar temas ligados à interação social, relacionamentos, métodos de conquista e outros.

Rafael Lopes (Foto: Acervo pessoal)
Rafael Lopes (Foto: Acervo pessoal)
Rafael Lopes (Foto: Acervo pessoal)
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