Recentemente, Juliana Lohmann revelou ter sido vítima de estupro de um diretor de cinema quando tinha 18 anos. Hoje, aos 30, ela explicou o motivo de ter tornado o assunto público e destacou a importância de fazer a denúncia.
“Expus meu relato no intuito de que outras mulheres possam identificar situações de abuso mais rápido e, assim, denunciar o quanto antes. Quanto mais a gente falar sobre esse assunto mais vamos perceber que o abusador pode ser aquele seu amigo, ou aquele cara super família, com imagem de bom moço, ou até algum parente”, disse em entrevista à Celina, do Globo.
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“Tudo no na nossa sociedade patriarcal é feito pra mulher duvidar de si mesma. Somos sempre as loucas, as que estão de TPM, as que só querem atenção porque estão carentes, taxadas de histéricas“, lamentou.
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Juliana falou ainda sobre a dificuldades que as mulheres enfrentam para falar sobre: “E, até quando a mulher tem certeza e se posiciona, duvidam da sua palavra, questionam seu comportamento, sua roupa, ratificam qualquer argumento que continue validando a cultura do estupro. Naturalizamos assédios, abusos e comportamentos que reproduzem a cultura machista e alimentam uma masculinidade extremamente violenta e que mata milhares de mulheres cotidianamente”.
“Eu tinha acabado de completar 18 anos quando fui abusada sexualmente, tinha me mudado para o Rio de Janeiro e estava entendendo como me posicionar profissionalmente sem minha mãe. Não sabia o que era feminismo, relação de poder, estrutura patriarcal”, finalizou.