Carima Orra, primeira muçulmana brasileira a participar de um Fashion Week em Miami de moda modesta, tornou-se pioneira no assunto ao abordar a maneira de se vestir nas suas redes sociais.
A moda modesta tem deixado, dia após dia, de ser associada a questões meramente religiosas ou culturais. Se vestir de maneira tal que as curvas do corpo não se mostrem delineadas e sejam o centro das atenções não é apenas uma opção, mas algo que traz consigo uma proposta que visa algo muito maior.
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Vestimentas que sejam adequadas para atividades rotineiras, com conforto e praticidade prezados, fazem parte do contexto que além disso vai contra a sexualização da mulher. A figura feminina deixa de ser avaliada apenas através de sua aparência ao esconder as formas do corpo, instigando assim o reconhecimento de outras características também.
Carima Orra, primeira muçulmana brasileira a participar de um Fashion Week em Miami de moda modesta, tornou-se pioneira no assunto ao abordar a maneira de se vestir nas suas redes sociais. A palestrante e influencer atua nos meios digitais quebrando tabus e reforça sua posição ao afirmar que o véu é liberdade, não opressão.
Além de falar sobre maternidade e suas experiências com seus três filhos, Carima Orra usa suas redes sociais para mostrar quem são as mulheres muçulmanas: “a moda modesta tem ganhado cada vez mais espaço e se estendido também a pessoas que não possuem nenhuma conexão com religiões com tais costumes, e poder auxiliá-las neste aspecto é uma honra”, comenta.
Explorar novas maneiras e combinações ao se vestir, adequando tendências da moda convencional à moda modesta, desde que atendam aos princípios básicos, é um grande desafio: “não há restrições quanto a cores, estampas e tecidos, mas devemos manter sempre o aspecto de vestimenta conservadora e sem exageros”, explica a influencer.
A popularização da moda modesta promoveu recentemente o surgimento de grifes direcionadas a atender as adeptas da mesma, com cada vez mais perfis na internet voltados para este público. A moda moderna está se tornando mais inclusiva, e as redes sociais tem sido um fator motivador ao promover o uso e dar dicas de como aplicar as combinações.
Usar roupas modestas não é uma mera tendência, mas sim reconhecer aquilo que a vestimenta representa: “as roupas carregam um valor importante para a fé e sua presença no mercado ajuda a reforçar a nossa identidade”, explica Carima Orra, que lamenta o preconceito sofrido pelas mulheres que optam pelo uso do véu e acabam com a imagem de mulher que se reprime para muitos.
Carima Orra alcançou o reconhecimento nas redes sociais por sua forma de vestir e de se expressar, e afirma que diversidade e inclusão são palavras-chave: “trazer esses assuntos no meio digital contribuem para uma melhor convivência e estimulam o sentimento de empatia”. Figura pública no Instagram (@carimaorra) e também no Youtube, a jovem palestrante e influencer possui como meta pessoal usufruir cada vez mais de suas redes sociais para que os muçulmanos não sofram preconceitos e mostrar que mulher muçulmanas não são oprimidas, não são submissas e tem a opção de livre arbítrio.