A5 FIVE

Daphne Bozaski, de ‘A5 Five’, comenta sobre tabu em torno da vida sexual de mulheres atípicas

Em entrevista ao Observatório dos Famosos, a atriz conversou sobre sua personagem diagnosticada com autismo

Publicado em 20/03/2023 09:43
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Daphne Bozaski retornou ao papel de Benê cinco anos depois do fim de ‘Malhação Viva a Diferença’, em um Spin-off, ‘A5 Five’ no Globoplay. Assim como na vida real, houve uma passagem no tempo entre as duas produções e a personagem de Daphne está lidando com a vida adulta sendo uma garota atípica.

Em Malhação, Benê começou a explorar sentimentos nunca sentidos e em ‘A5 Five’, a sexualidade começou a ser explorada. Diagnosticada com transtorno de espectro autismo, a personagem vem para quebrar tabus.

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Em entrevista exclusiva do Observatório dos Famosos, Daphne contou como está sendo a experiência de retornar à personagem Benê anos mais tarde, explicou as novas experiências da personagem e a quebra de tabu em torno da sexualidade das mulheres atípicas.

Benê, em A5 Five – Foto: Globoplay

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Como foi voltar ao papel de Benê anos após o fim de Malhação? Qual foi a maior diferença que viu na sua personagem?

O convite para retornar a Benê foi uma surpresa muito feliz, a principio tive um receio da responsabilidade de recriar a Benê mais velha. Pois ela já teria acumulado um tanto de experiencias de vida, as quais eu não vivi com ela. Mas, tivemos um preparação muito intensa no começo da primeira temporada de “A5 Five” que me ajudou a compreender esse amadurecimento da Benê.

Vejo a Benê entendendo melhor sua condição de estar no Espectro Autista, acredito que isso seja fundamental para todo esse amadurecimento.

Há alguma semelhança entre você e a personagem? Se sim, qual seria?

Vejo a Benê uma pessoa muito determinada, e eu me vejo uma pessoa muito determinada também.

Com um salto temporal, Benê tem vivido novas experiências, como ter uma vida sexual sendo autista. Sentiu diferença na interpretação da personagem causada por essa mudança? A preparação para viver Benê mais velha mudou?

Acho que o texto do Cao sempre trás temas que precisam ser ditos e vistos. A vida sexual de uma pessoa do espectro autista é algo pouco falado. Falar do prazer feminino, tanto para mulheres atípicas ou neurotipicas, é tirar o tabu sobre conhecer o nosso próprio corpo.

Viver esse tema com a Benê, foi reconhecer em mim vários bloqueios enraizados desde minha adolescência na minha maneira de enxergar minha própria vida sexual.

Daphne Bozaski

Viver esse tema com a Benê, foi reconhecer em mim vários bloqueios enraizados desde minha adolescência na minha maneira de enxergar minha própria vida sexual. Sem falar que eu tinha acabado de ter um filho e minha relação com o meu corpo havia mudado, então junto com a Benê fui me reconhecendo. Acredito que o público também pode se identificar e continuar se identificando agora na 2 segunda temporada.

A5 Five tem sido um sucesso, até com o público que não acompanhou Malhação, na época. O que atribuí ao sucesso do Spin-off?

Acredito que isso tudo, deve à criação inicial com o projeto “Malhação Viva a Diferença”. O texto do Cao Hamburguer, a sensibilidade do nosso diretor artístico na época Paulo Silvestrini, nos ajudaram a criar essas personagens e fizeram o público se identificar com cada situação que elas estavam passando. Esse carinho e reconhecimento do público, que pediram muito uma continuação.

Fez com que criassem o Spin Off “A5 FIVE”, onde aprofundamos as situações e desafios da entrada na vida adulta mostrando também as diversidades entre os jovens adultos. Acredito que esses temas geram uma grande identificação com um público de diversas idades. Afinal entrar na vida adulta não tem um idade definida, acho que as experiências de vida nos fazem amadurecer e perceber que estamos crescendo.

Após A5 Fives, há novos projetos no caminho?

Muitos sonhos no papel, esse ano quero realiza-los. Como o de voltar aos palcos e colocar meus projetos pessoais para acontecer.

Desde ‘Que Monstro te Mordeu?’, qual foi a maior mudança que notou em sua carreira? Além do sucesso alcançado com suas personagens?

“Que monstro te mordeu?” Foi o meu primeiro trabalho no audiovisual, onde aprendi, na prática, trabalhar com a câmera. O que mudou na minha carreira é que com esses projetos na televisão mais pessoas viram meu trabalho, souberam quem era a Daphne. Isso abriu portas para novos trabalhos, tanto no audiovisual como no teatro.

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