Ludmilla fez um desabafo ao falar sobre a sua trajetória na música e o racismo ao longo da carreira. Em entrevista para o podcast Mano a Mano, a cantora carioca disse que passou por cirurgias plásticas para ser aceita na sociedade e passar pelo preconceito.
“Minha música estourou, eu tinha 17 anos, a Fala Mal de Mim. Quando comecei a fazer cirurgia plástica, a primeira que eu fiz foi pra começar a ser aceita. No clipe não dá pra enxergar muito quem está cantando. Foi mais a voz, não a aparência”, disse Ludmilla.
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A cantora ainda conta que sua aparência era muito comentada pelo público. “Muito contratante contrata, contrata, chegava no show e as pessoas viam quem era a MC Beyoncé. Falavam do meu nariz, da minha perna, do meu cabelo, e eu cantando e ouvindo aquilo”, desabafou a artista.
“A gente aprendeu na escola que preto era feio, que cabelo crespo era horrível, que nariz largo é horrível, que beição grande era feio. Antigamente a gente não falava sobre racismo assim, abertamente, em todo lugar com as pessoas, aí, então, a gente ia vivendo e esse era o certo”, completou Ludmilla.
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Denuncie o racismo
Vítimas de racismo devem procurar uma unidade policial mais próxima e realizar uma ocorrência. Segundo informações publicadas no site do Governo Federal, é importante contar o que aconteceu com detalhes e, se possível, apresentar testemunhas.
Além disso, é possível processar o agressor, solicitando ao policial civil para que isso seja incluído na queixa. O prazo para prestar queixa de injúria racial é de até seis meses após o ocorrido. Para racismo não há prazo determinado para que a denúncia seja realizada.
Como acompanhar o processo judicial
Caso a vítima entre com um processo, pode-se acompanhar, quando instaurado, através da internet, na página disponibilizada pelo Poder Judiciário.
Quando não é apenas uma vítima e as denúncias serem feitas em coletividade, pode-se procurar o Ministério Público para realizar uma denúncia.