DEPOIMENTO

Paris Hilton conta detalhes dos abusos que sofreu em internato na adolescência

Seu relato faz parte de uma série de protestos contra a violência institucional infantil nos Estados Unidos

Publicado em 11/05/2022 16:26
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Paris Hilton voltou a falar sobre os abusos sexuais e psicológicos que sofreu na adolescência, quando morou em um internato, por obrigação dos pais, que acreditavam na promessa que o lugar tinha de “curar” seu déficit de atenção (distúrbio que não tem cura).

A socialite norte-americana falou pela primeira vez sobre o assunto em 2020, em seu documentário ‘This is Paris’, e trouxe o tema à tona novamente em um depoimento publicado no jornal USA Today. Seu relato faz parte de uma série de protestos contra a violência institucional infantil, que ocorre na capital dos Estados Unidos nesta semana.

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“Aos 16 anos, eu fui retirada da minha casa no meio da noite e passei quase dois anos numa série de internatos de tratamento. Meus pais haviam sido enganados para acreditarem que meu transtorno de déficit de atenção seria curado com um ‘pulso firme’”, iniciou Paris em seu depoimento.

Paris Hilton explica decisão de falar sobre os abusos

A famosa explica que resolveu falar sobre o assunto com mais detalhes, com o objetivo de evitar que outras crianças e adolescentes passem por esses abusos. “Falar sobre isso exige toda a minha coragem, mas não posso ficar parada sabendo que crianças de até 8 anos estão sendo mantidas nesses programas para ‘adolescentes problemáticos’ por pais que não sabem o que se passa lá, e por órgãos do governo que não se importam.”, destacou.

Em seu relato, a artista descreve com detalhes os abusos que enfrentou: “Repetidamente, eu fui acordada por funcionários que colocavam uma lanterna no meu rosto, me tiravam da cama e me mandavam ficar quieta enquanto me levavam à ‘sala de exames’”, relembrou.

“Em privação de sono e dopada com remédios, eu não sabia o que estava acontecendo. Me obrigavam a deitar numa maca, abrir minhas pernas e passar por exames ginecológicos. Eu me lembro de chorar enquanto me seguravam. Eu dizia ‘não’ e perguntava o motivo, mas eles só diziam: ‘Cale a boca, fique quieta, pare de lutar ou você vai para a obs’.”, contou ela.

“Obs, abreviação para observação, era uma solitária numa sala de concreto que não tinha nada além de um ralo e um rolo de papel higiênico. O quarto era gelado e eu estava quase nua. Eu fiquei andando até não conseguir mais ficar de pé. Depois me agachei no chão, fiquei me balançando e me obriguei a pensar na vida que eu criaria para mim mesma quando saísse de lá”, disse Paris Hilton.

A socialite define os abusos que sofreu como uma tortura e revela que até hoje ainda lida com os traumas que ficou. “Essa experiência, assim como os abusos físico, emocional e sexual pelos quais passei, levaram a anos de insônia causada pelo trauma, e um transtorno de estresse pós-traumático complexo do qual eu e inúmeros outros sobreviventes da violência institucional infantil sofremos há anos”, declarou.

Como parte dos protestos nos Estados Unidos, Paris Hilton ficou presa em uma caixa “solitária” de vidro no meio da rua, para exigir que a legislação federal acabe com o abuso infantil institucional.

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