O brasileiro tem o dom nato de inventar coisas

O Brasil é universalmente reconhecido por sua excelência no futebol e em diversas outras modalidades esportivas. No entanto, há habilidades dos brasileiros frequentemente negligenciadas. Entre elas, está a aptidão para encontrar soluções práticas e, por vezes, complexas para os problemas sociais. Um exemplo notável é o escorredor de arroz, uma inovação da brasileira Therezinha Beatriz Alves, que em 1950 o criou e patenteou, resolvendo de forma simples um problema comum em muitas famílias.

É impressionante como os brasileiros possuem uma inclinação natural para criar soluções que impactam a sociedade diretamente. O país possui um histórico notável de indivíduos ilustres que deixaram sua marca no século XX, com inovações que abrangeram setores como medicina, ciências, construção civil, indústria, química e alimentos.

Infelizmente, muitos desses talentos são absorvidos por nações mais desenvolvidas, que sempre acompanharam de perto os brasileiros. Muitas vezes, esses inventores obtêm sucesso no exterior, onde suas criações prosperam.

Carlos Mazzei é um exemplo. Em busca de novos empreendimentos, ele visitou uma Feira de Inventores nos Estados Unidos nos anos 90 e percebeu a falta de um ambiente semelhante no Brasil. Inspirado, fundou a ANI (Associação Nacional dos Inventores), uma instituição que apoia inventores desde a gênese da ideia até a implementação no mercado.

Essa iniciativa contribuiu para a retenção de talentos e forneceu orientação crucial para inventores com ideias brilhantes, mas que muitas vezes não sabiam como executá-las.

Nos últimos anos, as Startups se popularizaram em todo o mundo, incluindo o Brasil. Elas reúnem talentos de diferentes campos para resolver problemas sem solução ou mal abordados.

O Brasil emergiu como um polo global de Startups, com mais de 12,7 mil em todo o país, número que deverá alcançar 15 mil até 2024. Essas empresas focam em oferecer inovação e soluções tecnológicas para diversos setores.

Com mercados estrangeiros voltando os olhos para o Brasil e o impacto crescente dos BRICS no cenário financeiro internacional, tem havido investimentos substanciais no mercado de Startups. Grandes empresas frequentemente absorvem Startups que se destacam em rodadas de negócios.

É relevante mencionar que o Brasil está adotando o Blockchain, uma tecnologia que aprimora a transparência do mercado. Ela auxilia em questões como utilidade pública, rastreamento, prevenção de fraudes, NFTs, criptomoedas e transparência em obras públicas e logística reversa. Blockchain, Big Data, IoT e 5G podem acelerar a criação de Startups e proporcionar soluções inéditas.

O ponto central é que os inventores brasileiros finalmente recebem o reconhecimento merecido no mercado nacional. O Brasil abriga diversos talentos, incluindo programadores, artistas, cientistas e outros, que estão deixando sua marca e atraindo a atenção internacional. Isso evidencia que o Brasil pode ser uma referência em inovação.

Alguns exemplos de boas invenções são: o alarme de piscina – criado por Helio Henrique H Damaceno Costa, fundamental para o cuidado com crianças e animais, evitando riscos de afogamento; a Invert cafeteira térmica portátil – criada por Nivaldo Paulo, perfeita para os amantes de um bom café feito na hora e, para a construção civil, os inventores e pesquisadores da área, José Antônio, João Vitor, Eden Steffan e Felipe Bruno, desenvolveram  o Carrinho para corte de revestimento, que irá proporcionar facilidade, segurança e praticidade.

Há 36 anos a ANI atua buscando e incentivando novos talentos. Seu presidente, Carlos Mazzei sempre diz: “Eu auxilio os inventores, pessoas que tem ideias inovadoras e não sabem o que fazer com elas. A principal função da ANI é buscar pessoas com ideias novas e ajudá-las a transformar um insight em negócio. Ao ver potencial em um indivíduo, começa o meu desafio para buscar investidores através de uma análise de mercado.”

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