Vigilantes em risco: Desvendando os riscos ocupacionais dessa profissão de alto risco

No complexo mundo das ocupações laborais, os vigilantes carregam uma carga desproporcional de riscos e perigos. Responsáveis pela segurança de propriedades e, muitas vezes, de vidas, esses profissionais estão diariamente expostos a uma variedade de ameaças que ultrapassam em muito a simples vigilância.

Riscos de Colisão: Uma ameaça real

A necessidade de deslocamento rápido é uma constante na rotina dos vigilantes, seja patrulhando grandes áreas, em transporte de valores no carro-forte ou respondendo a alarmes de segurança. Essa mobilidade constante eleva significativamente o risco de colisões, seja em veículos ou a pé. A pressão para responder prontamente e as adversidades das condições de trânsito aumentam esses perigos, tornando os acidentes uma realidade preocupante que ameaça não só os vigilantes como também terceiros.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) Deficientes: A Falha na Defesa Pessoal

Frequentemente, esses trabalhadores são forçados a operar com EPIs inadequados. Coletes à prova de balas inadequados (validade, por exemplo) e armas ultrapassadas frente ao poderio das armas da marginalidade são apenas alguns exemplos da falha em fornecer equipamentos adequados, aumentando drasticamente os riscos de lesões graves em situações de confronto ou emergências.

Assaltos e Riscos de Ser Alvejado: A Realidade Crua

Os vigilantes estão frequentemente na linha de frente contra criminosos armados, enfrentando riscos elevados de assaltos e ataques violentos. A insuficiência de sistemas de vigilância eficazes e a falta de apoio adequado exacerbam sua vulnerabilidade, tornando o risco de serem alvejados uma possibilidade assustadora que paira sobre seus turnos diários.

Exposição a Elementos e Condições Adversas

Além dos riscos imediatos, os vigilantes também enfrentam condições adversas decorrentes de trabalhar ao ar livre em diferentes climas e a qualquer hora, o que pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como doenças respiratórias e problemas ortopédicos devido à exposição contínua e ao esforço físico exigido pelo trabalho, em especial estando de pé por durante horas ao dia.

Isolamento Social e Impactos Psicológicos

A natureza isolada e o estresse constante do trabalho de vigilância contribuem para problemas psicológicos, incluindo depressão e ansiedade. Longas horas e a constante pressão por vigilância podem levar ao isolamento social, exacerbando os desafios mentais e emocionais enfrentados por esses profissionais.

Direitos e Proteções Necessárias

Diante dos múltiplos riscos, é crucial que os empregadores implementem medidas de proteção robustas e proporcionem apoio contínuo. A implementação efetiva dessas medidas pode mitigar riscos e garantir um ambiente de trabalho mais seguro e justo.

Os vigilantes têm direito a benefícios em caso de acidente de trabalho, incluindo afastamento remunerado, estabilidade no emprego, recolhimento do FGTS, aposentadoria por incapacidade permanente, auxílio-acidente, pensão por morte, e ações indenizatórias contra seus empregadores e seguro de vida. 

Conclusão

Os vigilantes desempenham um papel vital em nossa sociedade, e é imperativo que sejam devidamente protegidos e valorizados. Como advogado especialista em acidente de trabalho e saúde do trabalhador destaco a importância da informação a essa categoria e outras mais para que possam tomar atitudes de proteção à saúde mental e física. E nos casos de acidente de trabalho ou doença ocupacional, saber qual o caminho deverá percorrer para alcançar indenizações justas e afastamento do trabalho de forma correta ao receber o benefício do INSS. Se você ou alguém próximo foi afetado por condições de trabalho inadequadas ou um acidente, é essencial buscar orientação legal para garantir que seus direitos sejam protegidos e respeitados.