Globo assume que protagonistas negros apenas cumprem ‘agenda social’

Na manhã desta terça-feira (30), a Globo divulgou um relatório da ESG (sigla em inglês para governança social, ambiental e corporativa) sobre o ano de 2023. O documento é o responsável por mostrar os avanços que a emissora tem feito em comparação as metas que a empresa traçou até o ano de 2030 em conjunto com a ONU e que visam promover um impacto na sociedade. O relatório mostrou que, no último ano, todas as novelas inéditas do canal contaram com protagonistas negros e o resultado foi celebrado.

Como pontuado anteriormente, em 59 anos de emissora, 2023 foi o ano em que todas as produções da TV aberta da Globo tiveram atores negros escalados para papéis de protagonismo e, de acordo com o relatório, o objetivo é ir mais além. Conforme os dados apontados pelo documento, o plano da emissora dos Marinho é que 50% dos projetos promovidos pelo canal sejam protagonizados, escritos e dirigidos por mulheres e por pessoas pretas dentro do prazo de sete anos.

Outro dado que chamou a atenção no documento foi a contratação de outras minorias. De acordo com o relatório da ESG, 72% dos funcionários que foram contratados pela Globo fazem parte da lista de grupos que foram priorizados pela empresa: pessoas da comunidade LGBTQIA+, negros, mulheres e também pessoas com deficiência.

Em um comunicado enviado à imprensa, o diretor e presidente da Globo, Paulo Marinho, comemorou a conquista. “Nosso conteúdo é o fio condutor da nossa relação com a sociedade, tratando de forma recorrente temas relacionados à pauta social e ambiental, fomentando conversas e promovendo debates. Ser a primeira empresa de mídia brasileira a aderir à Agenda 2030 reverencia essa nossa história”, disse. “O compromisso da Globo com o futuro do país e dos brasileiros é inegociável e o avanço da Jornada ESG da Globo materializa nossa atuação”, ele completou.

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