ABRAÇANDO O MUNDO

Francisco, el Hombre comenta volta aos palcos com shows pelo mundo

Banda vem acumulando participações em festivais, além de turnês mundo afora; em entrevista à Coluna, Sebastián comenta momento do grupo

Publicado em 05/07/2022 14:24
Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

A Francisco, el Hombre, antes de ganhar o mundo, começou com uma banda que funcionava quase como uma trupe, daquelas que se apresentam nas praças, passando o chapéu, a cada dia em uma cidade diferente. Hoje, mais consolidados, cada espaço conquistado em grandes festivais e shows para multidões é uma oportunidade de levar o discurso à frente.

No último sábado (02/07), por exemplo, o Festival Sensacional recebeu o público para 10 horas de shows com grandes nomes da música brasileira. E o local escolhido não poderia ser mais inspirador: o Parque Ecológico da Pampulha. A área, que mede cerca de 30 hectares, recebeu mais de 20 atrações que ocuparam a esplanada gramada, o coreto e o bosque do parque. Entre as atrações, lá estava a Francisco, que tem rodado o Brasil e o mundo levando adiante uma mensagem forte, politizada e catártica. Em entrevista à Coluna, Sebastián, baterista e vocalista do grupo, comentou sobre a presença nesse festival e em tantos outros ao longo da caminhada do grupo.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

“Queria destacar o impacto que estar em uma multidão, vivenciando algo junto, tem sobre o indivíduo. Depois de dois anos de pandemia, voltar a termos festivais, desfrutando de música em coletividade, é uma experiência que todo mundo estava sentindo falta”, disse o músico, que completou:

“Não somos uma banda que cresceu apenas através das redes sociais. Não é ser pior ou melhor, a vida quis assim e a gente segue trabalhando. Começamos na praça, tocando para qualquer pessoa que tivesse passando, construindo a narrativa em shows públicos. Para a senhorinha que está passando na rua, a pessoa de esquerda e de direita. A gente acredita desde sempre que a comunicação deve ser didática. (…)”. Além de Sebastián, a Francisco, el Hombre ainda conta com Mateo, irmão de Sebastián, Juliana Strassacapa, Andrei Martinez Kozyreff e Helena Papini.

Além do Festival Sensacional, a banda esteve recentemente no Rock in Rio Lisboa (e também estará no Rock in Rio Brasil, em setembro), se apresentou em outros festivais por aqui, como o Forró da Lua Cheia, e tem uma turnê pela América do Norte que será iniciada na próxima quarta-feira (06/07), em Amherst, cidade em Massachusetts, nos Estados Unidos. A correria, fruto de um sucesso alcançado com base em muito trabalho, não fez com que a emoção e o frio na barriga de se apresentar em palcos enormes mundo afora sumisse, como o próprio Sebastián explicou.

“O frio na barriga é o ‘temperinho’. O dia que não tiver frio na barriga, é porque acabou a emoção. Mas, ao mesmo tempo, a gente é trabalhador da música. Nada aconteceu da noite para o dia, a gente já está há quase 10 anos trabalhando ‘pra porra’ para fazer isso acontecer. Se fosse um susto, se a gente estourasse ‘do nada’, como acontece em alguns casos raros, o frio na barriga seria maior. Mas a gente vem das estradas e chegou nos grandes palcos pelo mundo de passo a passo, tijolo por tijolo”, disse o artista.

A banda já tem três discos e hits que furaram a bolha, como Triste, Louca ou Má, que caiu nas graças do Brasil ao ser cantada por Juliette, no BBB 21. Além desta, músicas como Bolso Nada e Tá Com Dólar, Tá Com Deus acentuam o posicionamento político da Francisco, el Hombre. Sebastián ainda deu um ‘semi-spoiler’, dizendo que uma nova música, que também tem discurso politizado claro e já vem sendo cantada nos shows, será lançada em breve: Arranca a Cabeça do Rei. Nome bastante sugestivo.

Nas redes sociais, os registros mostram sempre o público enlouquecido com o som da banda, que tem pegada bem tropical, aliada à referências do rock. E assim tem sido por onde o grupo tem passado. Ao ser perguntado se sonha em tocar com a Francisco em um destino especial, Sebastián listou dois: Japão, pela distância e singularidade da cultura oriental, diametralmente oposta à nossa, e o México, por razões sentimentais. Ele e o irmão Mateo, que também é membro do grupo, são de origem mexicana.

Para ficar por dentro de muitas outars novidades, siga este colunista que vos fala nas redes sociais: @joaopontomello, tanto no Instagram, como no Twitter.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio