Constrangimento

Douglas Souza, jogador de vôlei, conta detalhes da homofobia que sofreu na Europa

Jogador da Seleção Brasileira desabafou em seus stories

Publicado em 08/09/2021 19:12
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Douglas Souza, destaque da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, já havia usado suas redes sociais na última terça-feira(07) para falar sobre a homofobia no qual foi vítima, em um aeroporto na Itália. Nesta quarta(08), ele contou detalhes do acontecido.

Através dos stories do Instagram, ele contou que viajava com o namorado Gabriel Campos, para se apresentar à equipe Vibo Valentia, onde vai jogar.

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Quando falei que era meu namorado, a fisionomia dele mudou na hora e o tratamento também. Ele perguntou o que o Gabriel ia fazer lá, eu mostrei no documento de união estável, disse que ele ia me acompanhar, trabalhar lá. Ele chamou um cara no telefone e disse que ele ia cuidar da gente. Levaram a gente para um outro lugar do lado da fila, onde tinha umas 20 pessoas, largaram a gente ali por umas 5 horas sem nenhum tipo de explicação“, iniciou ele.

E continuou: “Depois de umas cinco, seis horas me chamaram em uma salinha e fizeram uma entrevista para perguntar o que eu ia fazer lá. Até então achei normal, tranquilo. Mas aí bateram de novo na tecla de quem era o Gabriel, e eu tentava explicar que era meu namorado e eles tinham muita dificuldade de entender. Eu comecei a perceber um padrão no tratamento deles, porque fomos colocados ali com mais 20 pessoas. Dessas, 18 eram pretas ou latinas. Chegaram pessoas depois da gente, resolveram o problema de todo mundo e não resolvia o da gente“, disse.

Douglas Souza. (Foto: Reprodução/Instagram)

Espera interminável

Douglas Souza relatou que ele e o namorado precisaram dormir no chão do aeroporto. “A gente ficou literalmente o dia inteiro lá esperando. Quando deu 23h, que o aeroporto já estava fechado, não tinha mais voo para Roma, aí liberaram a gente. A gente teve que dormir no aeroporto porque já tínhamos passado pela imigração, não tinha nem como ir para um hotel. Ficamos largados no chão até 7h da manhã, que era o próximo voo para Roma . Foi uma situação muito estranha, muito difícil, porque a gente se sente fragilizado nessa situação, porque não pode fazer nada. Era contra a polícia, então se a gente falasse alguma coisa, se se exaltasse poderia ter dado problema para a gente. Se eu não tivesse vindo a trabalho, se fosse turismo, com certeza nem estaria aqui, teria voltado para casa“, disse ele, indignado e revoltado.

E desabafou: “Eu vivi aquilo, eu sei o que vivi, sei o olhar, o jeito que trataram eu e meu namorado na frente de todo mundo e foi uma situação muito constrangedora“, concluiu.

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