Desabafo

Maria Casadevall sobre se assumir lésbica: ‘Sempre enxerguei a minha atração por homens como regra’

Atriz falou sobre "demora" em entender sua sexualidade

Publicado em 26/06/2024 15:08
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Maria Casadevall revelou que precisou de 31 anos para compreender como a heteronormatividade compulsória afetava sua vida pessoal. “Sempre enxerguei a minha atração por homens como a ‘regra a ser afirmada’, e o meu desejo por mulheres como uma ‘experiência para ser vivida’”, contou a atriz em entrevista à Marie Claire. Inspirada por outras mulheres, ela ressignificou sua sexualidade e reconheceu a importância de mostrar o protagonismo do amor entre mulheres em sua vida.

Ao longo da entrevista, Maria compartilhou detalhes do seu processo de descoberta sexual e a decisão de viver um romance sáfico publicamente. “Aos 31 anos, compreendi que era só mais uma vítima da estrutura que nos obriga a enxergar a heteronormatividade como via única para o ‘sucesso amoroso’”, explicou. Ela enfatizou o quanto foi crucial para sua jornada se inspirar em outras mulheres que já estavam desbravando esse caminho e abrindo novos espaços.

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Veja também: Maria Casadevall abre o coração após ter se assumido lésbica

Sobre sua vida afetiva passada, Maria mencionou o desconforto em seus relacionamentos heterossexuais, mesmo sem conseguir identificar a pressão que sofria. “Encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom”, refletiu. A atriz também se recusou a comentar detalhes de seu relacionamento atual com a musicista Larissa Mares, mas reconheceu a importância de repensar estruturas sociais e emocionais.

Maria destacou a importância de levantar bandeiras pelos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQIAP+, dos animais e pelo fim da desigualdade social. “A importância de levantar cada um desses debates e trazer visibilidade para cada um deles é, sobretudo, integrá-los como uma luta comum através do reconhecimento de que toda opressão vem como sintoma de uma única estrutura”, afirmou. Para ela, questionar e redefinir percepções limitantes sobre o amor e suas formas é essencial para um novo levante histórico de tantas quebras de paradigmas.

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