Vítima de Leandro Lehart diz que sofreu racismo além de estupro e cárcere privado

Rita de Cássia Corrêa, que denunciou Leandro Lehart, vocalista do grupo Art Popular, por estupro e cárcere privado, desabafou sobre o caso, em entrevista ao programa Fantástico, neste domingo (18).

“A minha vida hoje, ela é feita de dores psicológicas, físicas, de limitações. Esse monstro cometeu todas essas atrocidades comigo em uma noite”, desabafou a vítima, aos 40 anos. Segundo ela, a aproximação do músico aconteceu em 2017, após uma troca de mensagens pela internet, e se encontravam com frequência após o primeiro encontro.

Em 2019, a vítima de Leandro Lehart contou que notou um comportamento agressivo do músico. “Ele me convidou para subir para o quarto dele que ficava no andar de cima da casa. Eu consenti e subi. Ele parou e perguntou: ‘Vamos ao banheiro para terminarmos lá? Porque de lá já poderíamos tomar um banho’. Eu não vi maldade nisso. Em sair ali do quarto e terminar ali no banheiro a relação sexual”, contou Rita.

No banheiro, ele a imobilizou e cometeu o ato violento. “Eu já comecei a me debater e pedindo para ele parar. E tentando tirá-lo de cima de mim, mas eu não conseguia. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo”, detalhou a vítima, que contou que gritava para ser solta, mas que ele dizia que só a deixaria sair quando ela se acalmasse para que eles conversassem.

Além do caso de estupro e cárcere privado, Lehart é acusado por racismo. “Ele disse: ‘Você acha que eu queria o quê? Relacionamento? O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?’. Que não era para eu contar para ninguém, divulgar na mídia, procurar a polícia. Porque eu nem teria condições de pagar um advogado para me defender, que o dinheiro que ele tem, os advogados dele iam agir contra mim, que eu ia sair com uma aproveitadora”, contou Rita.

Defesa

Leandro Lehart foi condenado a 9 anos e 7 meses de prisão e recorre em liberdade. A decisão foi dada no último dia 9 de setembro. Nas redes sociais, o músico negou as acusações em depoimento à Justiça e segue reafirmando sua inocência.

Em nota oficial à imprensa, a equipe de advogados dele ressaltou que o caso corre em segredo de Justiça, “o que impede maiores considerações quanto aos fatos”.

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